Marin entrega apartamento em Nova York e paga US$ 3 mi à Justiça dos EUA
Para obter o direito a ficar em prisão domiciliar, o ex-presidente da CBF José Maria Marin entregou a hipoteca de seu apartamento em Nova York e US$ 3 milhões (R$ 11,4 milhões) para a Justiça dos EUA. Esses são os termos do acordo assinado com o judiciário norte-americano tornados públicos nesta quinta-feira. A existência desse apartamento do cartola, escondido da Receita Federal, foi revelado pelo UOL em junho.
Marin está preso acusado de receber propinas relacionadas a contratos da Copa do Brasil e da Copa América quando era presidente da CBF. Foi detido na Suíça, em maio, e extraditado para os EUA nesta semana. Em sessão na corte de Nova York, na terça-feira, ele se declarou inocente das cinco acusações de conspiração, fraude eletrônica (2), lavagem de dinheiro (2).
O juiz Raymond Dearie, da corte do Brooklyn, estabeleceu que o dirigente teria de pagar uma fiança de US$ 15 milhões (R$ 57 milhões). Aceitou, no momento, a quitação de US$ 1 milhão em dinheiro a ser depositado nesta sexta-feira, e outros US$ 2 milhões de uma carta-bancária.
Além disso, o documento diz que Marin faz uma hipoteca de um imóvel em Nova York cujo número e localização não são citados. O imóvel do ex-dirigente na cidade é o apartamento na Trump Tower, e tem valor de US$ 2,5 milhões.
Esse é justamente o imóvel onde o ex-cartola da CBF está detido em prisão domiciliar. Ele teve que aceitar sofrer monitoramento 24 horas por dia por parte de um segurança privada. As entradas do imóvel também serão monitoradas o tempo inteiro, com câmeras de vigilância. Marin será o responsável por pagar pelos serviços.
Ele poderá sair para ir à igreja, para consulta com advogados e para audiências judiciais. Para isso, tem que avisar o departamento de vigilância dos EUA sobre seus deslocamentos e o segurança privado irá com ele. Está proibido ainda de ter qualquer contato com réus dos processos relacionados ao caso Fifa, o que representaria um descumprimento do acordo.
Além disso, o passaporte de Marin ficou detido com autoridades norte-americanas. Ele é obrigado a se manter em Nova York durante todo o processo que será demorado. Pelo menos ficará no apartamento, apesar de o imóvel estar hipotecado aos norte-americanos.
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