Após cinco meses, governo pouco avança na promessa de investigar caso Fifa
Quando o ex-presidente da CBF José Maria Marin foi preso, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, prometeu que o país seria atuante em investigação para averiguar possíveis crimes do caso Fifa no Brasil. Acenou com o envolvimento da Polícia Federal no caso. Cinco meses depois, quase nada foi feito e as apurações praticamente se limitam à CPI do Futebol.
A comissão parlamentar tem avançado em investigação relacionada à administração da CBF e seu presidente Marco Polo Del Nero. Além disso, o procurador Marcelo Miller, do Ministério Público Federal do Rio de Janeiro, é bastante atuante em colaboração com autoridades do Departamento de Estado dos EUA. Mas a Justiça Federal barrou essa atuação alegando erro de procedimento.
Em relação a Polícia Federal, o colunista do UOL Ricardo Feltrin noticiou que o órgão investigaria contratos da Globo com a CBF. Só que o blog apurou que, no momento, a PF não tem atuado forte em nenhum caso relacionado à confederação. Investigações para avançar nas apurações dos norte-americanos não existem, segundo quem está por dentro do caso.
Há, sim, delegados trabalhando junto com a CPI do Futebol, requisitados pelo senador Romário. E policiais participaram de operações com o MPF para apreensões requisitadas pela Justiça dos EUA em empresas como a Klefer Produções que tem contrato com a CBF. Mas essa colaboração foi interrompida.
O blog questionou tanto a PF como o Ministério da Justiça sobre o que vinha sendo feito em relação ao caso Fifa após as promessas iniciais. Nenhum dos dois organismos respondeu às perguntas enviadas.
Já a Procuradoria Geral da República disse que continua a manter colaboração com a Justiça dos EUA, mas que não poderia dar informações porque o caso está sem sigilo de Justiça.
Sua atuação é limitada, no entanto, por causa de uma liminar dada pelo Tribunal Regional Federal que veta o envio de qualquer material do Brasil para os norte-americanos. No final de outubro, o ministro do STJ (Superior Tribunal de Justiça) Napoleão Nunes Maia confirmou a vedação de auxiliar os EUA nas suas investigações. O MPF recorre para tentar reestabelecer o canal dom autoridades dos EUA.
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