Fla terá mudança radical no futebol com qualquer resultado na eleição
O Flamengo terá uma eleição no final do ano em que se enfrentarão três chapas: Eduardo Bandeira de Mello (Azul), Wallim Vasconcelos (Verde) e Cacau Cotta (Branca). Entre as diferentes ideias, há uma certeza: uma mudança radical no futebol rubro-negro para 2016.
É o que se conclui em conversas com cada um dos candidatos e seus aliados. Os opositores criticam o desempenho do presidente Bandeira de Mello à frente do futebol – ele teve três campanhas ruins no Brasileiro. O próprio dirigente admitiu erros e fala em correção de rumos neste setor. Veja abaixo em tópicos as propostas feitas por cada um:
Gestão do futebol
Bandeira
Sua ideia é criar uma metodologia para desenvolver a divisão de base, uma maior inteligência de mercado para contratações e maximização de performances de atletas. Foi contratada a consultoria Exos para fazer uma diagnóstico em que foram dadas notas baixas em vários quesitos ao clube. Agora, a empresa fará um plano de reestruturar o departamento. Rodrigo Caetano fica como diretor abaixo do novo vice-presidente Flavio Godinho, que trabalhava na OGX de Eike Baptista. "Tratamos de forma muito empírica na primeira gestão. Precisamos ser mais científicos", diz Bandeira.
Wallim
Quer dobrar o investimento na divisão de base (R$ 8 milhões para R$ 20 milhões), e intregra-la ao profissional. No profissional, defende metodologia para contratar e gosta da atuação de Caetano, embora considere incompleta. Por isso, colocará um gerente ex-jogador para lidar com questões extracampo de jogadores e adapta-los ao clube: nome provável é Fabio Luciano. Defende ainda um dirigente forte presente ao futebol: o escolhido é Rodolfo Landim, ex-executivo da BR. "Nas horas da crise, ninguém dá as caras no CT", afirma Landim.
Cacau
Sua intenção é romper o modelo de Conselho de Gestor e centralizar as decisões em um vice-presidente, ainda não definido, em um diretor executivo e no próprio presidente. Rodrigo Caetano não fica no clube porque "não deu resultado", segundo o candidato. "Contrataram 40 atletas e oito técnicos durante essa gestão sem resultado", atacou.
Técnico
Bandeira
Considera Oswaldo de Oliveira um bom técnico, mas não deu garantias plenas de sua permanência. A maior parte de sua corrente defende a contratação de um estrangeiro, e um grupo minoritário, Muricy Ramalho. "É um bom técnico (Oswaldo). Não é correto especular sobre esse tipo de coisa", analisou Bandeira.
Wallim
Não fica com Oswaldo de Oliveira. Pretende ir atrás de um técnico estrangeiro por entender que têm nível superior de conhecimento, trabalhando todos os detalhes da preparação do time. Para ele, há bons treinadores jovens no Brasil, mas ainda sem estofo para o Flamengo.
Cacau
Não fica com Oswaldo de Oliveira. Sua comissão técnico terá Jayme de Almeida e Andrade com a tese de que o Flamengo sempre foi vitorioso quando foi comandado por um treinador de casa. "O técnico será um dos dois e o outro, o auxiliar. A tendência pelo currículo recente é de que o técnico seja o Jayme", definiu.
Centro de Treinamento
Bandeira
Promete acabar o módulo profissional em seis meses. Entende que, neste momento, a estrutura do clube é deficitária e atrapalha o time.
Wallim
Diz já ter R$ 5 milhões disponíveis para acabar a parte profissional do CT em seis meses. Completará o CT em sua gestão com total de R$ 30 milhões.
Cacau
O CT profissional também será concluído em seis meses. Enquanto houver obras, o time treinará na Gávea.
Elenco
Bandeira
Sua análise é que haverá mais dinheiro para investimento no futebol em jogadores com "perfil de liderança". Diz que não é necessário uma mudança radical no elenco, mas contratações estratégicas com possíveis trocas de atletas para qualificar. "Não estamos mal de elenco, mas o elenco tem que render mais."
Wallim
Entende que há espaço para maior investimento no elenco, mas quer saber exatamente quais os valores disponíveis para gastar no futebol. Para isso, quer tomar pé da situação dos contratos do clube e espera que grandes gastos não sejam firmados antes da eleição. No futuro, quer metade do elenco da base.
Cacau
Diz que há dinheiro, mas que não se deve contratar jogadores para se recuperar no Flamengo. Citou Marcelo Cirino e Paolo Guerrero como exemplo de jogadores caros que não estão rendendo o esperado. Prega a prioridade à base. "Entre trazer Cirino, fica com Negueba. Entre trazer Gabriel, melhor era dar mais chance para o Tomás."
Análise: As chapas verdes e azul têm discursos parecidos em relação à gestão do futebol, procurando uma metodologia mais científica de gestão e com executivos da área de petróleo e gás, coincidentemente, à frente do projeto. Tentam corrigir erros que cometeram juntas na última gestão, a despeito dos acertos na parte financeira. Além disso, estudam técnicos estrangeiros, embora Bandeira elogie Oswaldo. A chapa branca prega uma volta do Flamengo às origens em um modelo que já foi vencedor, com técnico da casa e centralização de poder, e que parece ultrapassado para o futebol moderno. Os três candidatos coincidem na ideia de recuperação da base e em terminar o CT, pautas óbvias e que o clube já deveria ter resolvido há muito tempo.
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