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Rodrigo Mattos

Em festa, Corinthians trata o São Paulo como um time de peladeiros

rodrigomattos

22/11/2015 18h19

Para o campeão Corinthians, era um jogo de festa: bastava seus reservas não perderem que a torcida já estaria feliz. Até uma derrota não faria tão mal. Ao São Paulo, era preciso ganhar para manter o time na frente na briga pela quarta vaga da Libertadores.

Não era o que parecia quando começou o jogo. Sim, até que o time são-paulino teve um início razoável. A questão era que seus jogadores atuavam com uma indolência de quem joga uma pelada de final de semana. Havia aqui, e ali, alguns que corriam, mas eram exceções.

Os reservas corintianos, então, bem postados como os titulares, apostavam em bolas pelo alto. Sem marcação dos rivais, nem no alto nem no rebote, começaram a fazer gols. Foram três no primeiro tempo.

A torcida são-paulina já deixava a Arena Corinthians. Ao contrário do procedimento de praxe, em que os visitantes têm que esperar o final do jogo, a polícia foi caridosa com os tricolores e permitiu que deixassem o estádio durante o segundo tempo.

Na volta do segundo tempo, o que se esperaria era ao menos uma correria são-paulino para evitar o pior. Não rolou. O São Paulo continuava a deixar seus rivais entrarem na área com espaço. E o Corinthians, com Tite ao lado do campo, continuou a ir para cima em demonstração de respeito ao rival. Fez mais três gols.

O desconto são-paulino não serviu para impedir a maior goleada corintiana sobre o rival. Cássio tratou de garantir isso com a defesa de um pênalti.

Um destaque para o quarto gol com linha de passe para chegar até a conclusão de Lucca. O Corinthians tratava o São Paulo como um time de pelada daqueles cansados de correr depois do churrasco.

Sobre o Autor

Nascido no Rio de Janeiro, em 1977, Rodrigo Mattos estudou jornalismo na UFRJ e Iniciou a carreira na sucursal carioca de “O Estado de S. Paulo” em 1999, já como repórter de Esporte. De lá, foi em 2001 para o diário Lance!, onde atuou como repórter e editor da coluna De Prima. Mudou-se para São Paulo para trabalhar na Folha de S. Paulo, de 2005 a 2012, ano em que se transferiu para o UOL. Juntamente com equipe da Folha, ganhou o Grande Prêmio Esso de Jornalismo 2012 e o Prêmio Embratel de Reportagem Esportiva 2012. Cobriu quatro Copas do Mundo e duas Olimpíadas.

Sobre o Blog

O objetivo desse blog é buscar informações exclusivas sobre clubes de futebol, Copa do Mundo e Olimpíada. Assim, pretende-se traçar um painel para além da história oficial de como é dirigido o esporte no Brasil e no mundo. Também se procurará trazer a esse espaço um olhar peculiar sobre personagens esportivas nacionais.