Traffic ameaça melar novo contrato da Fox pelos direitos da Libertadores
A Traffic ameaça melar o novo contrato de televisão da Libertadores entre a Conmebol e a Fox, anunciado nesta segunda-feira. Isso porque, segundo a versão da agência, a confederação assinou um acordo sem ter rompido o anterior que tinha com a própria empresa. A Traffic está envolvida no escândalo do pagamento de subornos a dirigentes da Conmebol.
A investigação do FBI revelou que cartolas sul-americanos recebiam propinas em troca de contratos de marketing e de televisão da Copa América e da Libertadores. O dono da Traffic, José Hawilla, é réu confesso e admitiu ter dado subornos por mais de 20 anos aos dirigentes.
Por conta disso, a diretoria da Conmebol decidiu ignorar um contrato em vigor com a Traffic e a Torneos y Competencias pelos direitos de televisão da Libertadores de 2016 a 2018. Assim, assinou outro acordo direto com a Fox, que, anteriormente, tinha podia transmitir jogos tendo como intermediários a Traffic e da TyC.
"Diferentemente do que foi publicado, os direitos internacionais de transmissão da Copa Libertadores e da Copa Sul-Americana de 2016 a 2018 para fora do continente americano são de propriedade da TRAFFIC Sports. Os contratos entre a TRAFFIC Sports e a Torneos y Competencias são válidos, assim como os contratos entre a TRAFFIC Sports e seus clientes, notadamente veículos de televisão e agências de fora das Américas", afirmou a nota.
Após inquirir a Conmebol, a Traffic passou a negociar com a Fox uma forma de rever todo o acordo relacionado à Libertadores. Isso poderia ser feito com a renegociação e a entrada da Fox no lugar da TyC, ou uma compra de parte da Traffic.
A empresa brasileira foi pega de supresa pelo anúncio do novo acordo. O presidente da Conmebol, Juan Angel Napout, decidiu de forma política romper o contrato para afastar empresas envolvidas em corrupção. Não fez concorrência e assinou novo acordo com a Fox sem revelar valores.
Pela decisão da Justiça norte-americana, a Traffic pode continuar a funcionar, mas tem que repassar todos os lucros com contratos obtidos com propina para o judiciário. Esse dinheiro seria usado como reparação para instituições ou pessoas que foram lesadas.
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