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Rodrigo Mattos

CBF é ameaçada por novas ações judiciais e por Fifa por eleição às pressas

rodrigomattos

12/12/2015 06h00

Marcada para o meio da próxima semana, a eleição para vice-presidente da CBF está ameaçada por uma enxurrada de ações judiciais. Na sexta-feira, a Justiça já cancelou a realização do pleito com uma liminar concedida ao vice da confederação, Delfim Peixoto, e a entidade vai recorrer. O problema é que há pelo menos mais dois grupos mobilizados para entrar com pedidos judiciais similares.

Fora isso, houve uma denúncia à Fifa em que se relata supostas manobras irregulares no pleito marcado para substituir José Maria Marin. O Comité de Ética da entidade informou ao blog que não havia procedimento formal aberto e por isso não comentaria.  Mas houve a promessa ao denunciante, que quer se manter em sigilo, de que o caso será analisado.

Os questionamentos em relação à legalidade da eleição da CBF são relacionados a supostos desrespeitos de ritos do estatuto: 1) houve uma convocação sem que se tenha mostrado ou protocolado oficialmente a destituição de Marin; 2) Não há nenhuma publicidade da carta de renúncia de Marin; 3) Del Nero convocou o novo pleito sem ouvir dois dos vices, membros da presidência.

Esses foram alguns dos motivos que levaram ao cancelamento das eleições feita pela Justiça do Rio de Janeiro. Mesmo que a CBF consiga cassar a medida, não terá vida fácil na próxima semana.

"Só queremos a legalidade. Vou na semana que vem ao Rio para analisar a documentação. Vamos analisar para saber se é o caso (de ir à Justiça)", afirmou o vice-presidente da CBF da Região Nordeste, Gustavo Feijó. As oito federações da região enviaram carta à confederação pedindo o cancelamento porque o cargo não estava vago.

O Bom Senso é outro que estuda uma ação judicial para paralisar a eleição na confederação alegando irregularidades no processo. Os argumentos ainda serão analisados para saber se cabe, de fato, a ação. Claro, essas duas iniciativas vão depender do resultado da decisão de Delfim.

O departamento jurídico da CBF promete se mobilizar para tentar derrubar todas as medidas contra a eleição. Seu argumento é que o pleito e sua convocação respeitaram o estatuto e, portanto, são legais. A alegação se baseia na existência da carta de renúncia de Marin.

Sobre o Autor

Nascido no Rio de Janeiro, em 1977, Rodrigo Mattos estudou jornalismo na UFRJ e Iniciou a carreira na sucursal carioca de “O Estado de S. Paulo” em 1999, já como repórter de Esporte. De lá, foi em 2001 para o diário Lance!, onde atuou como repórter e editor da coluna De Prima. Mudou-se para São Paulo para trabalhar na Folha de S. Paulo, de 2005 a 2012, ano em que se transferiu para o UOL. Juntamente com equipe da Folha, ganhou o Grande Prêmio Esso de Jornalismo 2012 e o Prêmio Embratel de Reportagem Esportiva 2012. Cobriu quatro Copas do Mundo e duas Olimpíadas.

Sobre o Blog

O objetivo desse blog é buscar informações exclusivas sobre clubes de futebol, Copa do Mundo e Olimpíada. Assim, pretende-se traçar um painel para além da história oficial de como é dirigido o esporte no Brasil e no mundo. Também se procurará trazer a esse espaço um olhar peculiar sobre personagens esportivas nacionais.