Eleição na CBF mostra clubes frágeis e desunidos
A eleição do vice-presidente da CBF Coronel Nunes foi uma demonstração de fragilidade dos clubes brasileiros no poder do futebol nacional. Desunidos, adotaram posições isoladas ou em grupos pequenos sem efeito nenhum. Na prática, Marco Polo Del Nero e as federações aliadas saíram fortalecidas apesar dos escândalos de corrupção.
Um exemplo foram os clubes paulistas. Juntos com a federação, fecharam apoio a Nunes desde que eles se comprometessem com medidas para aumentar o poder dos clubes que tomariam conta do Brasileiro.
O blog apurou que os times de São Paulo votaram em Nunes, mas não receberam nenhuma garantia ou resposta da CBF de que a sua agenda seria cumprida. Palmeiras, Santos e Corinthians foram, mas saíram sem se manifestar. Não foi possível confirmar a presença do São Paulo.
Entre os clubes, o Coritiba, que era membro da Liga Rio-Sul-Minas, também votou no vice Nunes. "Se houve golpe, foi de quem foi a Justiça", defendeu o diretor do Coritiba Valdir Barbosa. Ele afirmou que não sabe se será realizada a liga em 2016 e defendeu que ela deveria tentar autorização da CBF.
Os clubes de Minas Gerais, que já foram artífices da liga, não foram à confederação. Deram procuração para o presidente da federação local votar em seu lugar, mas Castellar Neto voltou a Minas porque sua mulher teria filho. Outros artífices da Liga, o presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello, e do Atlético-PR, Mauro Celso Petraglia, não foram à CBF. O clube rubro-negro apenas apresentou pacote de mudanças na CBF.
Um dos poucos clubes a se manifestar, o presidente do Bahia, Marcelo Sant'ana, reconheceu a desmobilização dos clubes. "As federações estão bem à frente dos clubes nesta questão do poder. Os clubes tinham que conversar mais. Mas os clubes ficam mais preocupados com a operação do dia a dia e isso não acontece", contou ele, que discursou no plenário.
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