Pressão política ajuda a levar Caixa às camisas de Galo, Cruzeiro e América
A inclusão dos mineiros Atlético, Cruzeiro e América no pacote de patrocínio da Caixa Econômica Federal teve um forte componente de pressão política. Deputados, o governador e cartolas pressionaram o banco com o argumento de que Minas Gerais sempre era deixada de fora desses contratos. Para anunciar os três times, só falta um acerto de valores com o América-MG.
Em novembro, o presidente do América-MG, Alencar Silveira Jr., que é também deputado estadual pelo PDT, fez um discurso na Assembleia reclamando da falta de patrocínio pela Caixa aos times mineiros. "É um absurdo um banco como a Caixa só ajudar clubes de outros Estados. Torcedor de Cruzeiro, Atlético-MG e América-MG tem que tirar conta da Caixa", discursou ele, que pedia que mudassem conta para outros bancos.
Em seguida, deputados do PT lhe informaram que o governador, Fernando Pimentel, estava cuidando da situação. Posteriormente, Pimentel -que é muito próximo da presidente, Dilma Rousseff, – alinhavou o acordo.
Cartolas como o ex-presidente do Galo Alexandre Kalil também fizeram severas críticas ao patrocínio da Caixa ao Flamengo e Corinthians, alegando favorecimento. Segundo apuração do blog, a atual diretoria atleticana também entendia que havia um forte sentimento contra a Caixa em Minas pela falta de patrocínio.
"Acho que teve esse sentimento contra a Caixa. A Caixa nunca teve contrapartida com Minas. Estava em débito com o Estado", contou o presidente do América-MG, Alencar Siveira Jr. "Quando fiz meu pronunciamento contra a Caixa, 77 deputados apoiaram. Sugeri até tirar as contas dos servidores de lá."
O dirigente ainda não está satisfeito com o banco. Não gostou da proposta de R$ 3,5 milhões feita de patrocínio ao América, a mesma fechada no ano passado. Em 2014, o projeto não deu certo. Agora, ele fez uma contraproposta mais alta e ameaça com uma campanha contra o banco em caso de recusa.
Galo e Cruzeiro já acertaram os valores, R$ 14 milhões para cada um. Ambos informaram terem obtido os documentos fiscais, CNDs (Certidões Negativas de Débitos), necessários que foram enviados à Caixa. Falta burocracia e o América para fechar o pacote de patrocínio ansiado pelos mineiros.
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