Clubes reclamam de jogos tarde no Brasileiro, mas mudança esbarra na Globo
Durante a reunião do Conselho Técnico do Brasileiro, os clubes voltaram a reclamar dos horários dos jogos da competição. Houve até reivindicação para que a CBF intercedesse com a Globo que determina a hora das partidas. Mas dificilmente haverá uma mudança por falta de vontade da emissora.
As principais reclamações, que são antigas, são relacionadas às partidas às 22 horas de quarta-feira, e às 19h30 no domingo. Segundo os clubes, isso prejudica os torcedores.
"Nossa reclamação é principalmente em relação às 19h30 e às 22 horas. Não é uma questão de uma cidade só. É uma questão nacional. Ficou para a CBF encaminhar essa demanda para a Globo", afirmou Wilfredo Brillinger, presidente do Figueirense.
Um dos que reivindica a mudança é o Santos que joga bastante na noite de domingo. Mas o presidente santista, Modesto Roma, se mostra descrente de mudança. "Não adianta. O que a Globo acorda é 21h45 (sobre jogo às quarta-feiras)", analisou.
O presidente do Palmeiras, Paulo Nobre, disse que a questão de horários não é igual em todas as cidades. "Em São Paulo, por exemplo, não dá para marcar às 19h30 que ninguém chega por causa do trânsito."
A diretoria da CBF não demonstrou grande empolgação em promover alteração nos horários dos jogos. Ressaltou que já foi feito um pedido do presidente licenciado Marco Polo Del Nero à Globo, mas a emissora só aceitou diminuir para 21h45.
"Esses horários foram subindo aos poucos para ficar mais tarde. Nossa ideia era ir reduzindo aos poucos. Ia primeiro para 21h45, depois para 21h30, e assim sucessivamente. Mas a Globo pediu para dar uma parada", contou o secretário-geral da CBF, Walter Feldman. Ele minimizou a preocupação. "Não foi um assunto tão falado assim."
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