Fifa investiga transferências de jogadores brasileiros para o Chelsea
A Fifa investiga as transferências de três jogadores brasileiros para o Chelsea, sendo um deles o meia Nathan que saiu do Atlético-PR. Já houve um pedido de informações da federação internacional para a CBF sobre os contratos.
Jogador da seleção brasileira de base, Nathan foi contratado pelo clube inglês em maio de 2015 por € 7 milhões em negociação com o clube paranaense. Depois, foi repassado por empréstimo ao Vitesse. A relação entre o Chelsea e o Vitesse é alvo de suspeitas das federações inglesas e holandesas desde a temporada 2010.
O dono do clube inglês Roman Abramovich firmou uma parceria para emprestar atletas ao clube holandês cujo dono, Alexander Chrihirinsky, é seu amigo. O ex-sócio do Vitesse Merab Jordania chegou a acusar Abramovich de interferir no clube e impedir sua classificação à Liga dos Campeões. A federação holandesa investigou e não encontrou irregularidades.
Além de Nathan, o brasileiro Lucas Piazon foi contratado pelo Chelsea e depois repassado ao Vitesse. Agora, já está em outro clube. Desde 2010, mais de dez atletas do clube inglês foram para o holandês.
A apuração em torno do Chelsea faz parte de uma ofensiva da Fifa para garantir o cumprimento das regras do regulamento de transferências. A CBF tem feito parte desta ofensiva em uma parceria com a federação internacional e também tenta apurar casos no Brasil.
"Estamos acompanhando o mercado no Brasil e pedimos esclarecimento sempre que necessário", contou o diretor do departamento de Registros da CBF, Reynaldo Buzzoni. "Sempre que é uma transação internacional encaminhamos para a Fifa porque sai da nossa alçada. Há uma parceria para cooperação."
No Brasil, um exemplo foi a trava feita pela CBF à venda do atacante Claiton do Figueirense para o Atlético-MG. A entidade exigiu documentos dos dois clubes que mostrassem que não havia direitos de terceiros sobre o atleta, o que é proibido pelo regulamento da Fifa. Isso porque o jogador era fatiado entre empresários, Jorge Machado e Eduardo Uram, e empresas ligadas ao Figueirense.
A transação foi liberada depois que o Galo e o Figueirense enviaram documentos em que deixavam 50% dos direitos sobre o atleta com um clube, e 50% com o outro.
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