Sob Aidar, São Paulo perde R$ 47 mi em fatiamento de jogador e comissões
No meio do ano passado, quando o time ensaiava engrenar no Brasileiro, o então presidente do São Paulo Carlos Miguel Aidar vendeu uma parte do elenco com a justifica de acertar o caixa do clube. Mas 46% do dinheiro arrecadado – ou R$ 47 milhões – ficaram para empresas, outros times e empresários. Restou aos são-paulinos pouco mais da metade.
Os números do balanço de 2015 do São Paulo mostram que o clube obteve R$ 104 milhões com receitas de transações de atletas. Entre elas, estavam os volantes Souza e Denilson, o zagueiro Rafael Tolói, o meia Boschilia e o atacante Jonathan Cafu. Mas só sobraram para o clube R$ 56,6 milhões, isto é, 54%.
Do total perdido, R$ 39 milhões foram para o fatiamento de atletas, e outros R$ 8 milhões em comissões.
Há atletas em que o desconto foi tão grande que o São Paulo ficou com a menor parte do negócio. Foi assim como Tolói: o time reteve menos de um terço da negociação, em torno de R$ 5 milhões dos R$ 15 milhões totais. A diretoria são-paulina ainda obteve menos da metade do arrecadado com Souza e Denilson. Só Boschillia foi, de fato, um bom negócio.
Para efeito de comparação, em 2014, o São Paulo ficou com pelo menos dois terços do total arrecadado com negociação de atletas, embora o valor tenha sido bem menor.
Membros da atual diretoria, que substituiu a gestão Aidar, reconheceram que aquele desmanche do São Paulo foi péssimo para o clube. Isso porque, além de gerar uma perda esportiva considerável, pouco aliviou o caixa.
Não foi encontrada, no entanto, nenhuma prova de ilícito da gestão anterior em relação aos pagamentos, segundo membros da situação. O único caso que está em investigação no Conselho Deliberativo no momento é a compra do zagueiro Maidana.
Vice-presidente de Futebol no ano passado, Ataíde Gil Guerrero foi procurado pelo blog, mas seu telefone estava desligado durante a tarde de sexta-feira. O ex-presidente Aidar também não foi encontrado. Já o presidente do São Paulo, Carlos Augusto Barros e Silva, o Leco, disse que não poderia comentar o caso porque não tinha os números na cabeça.
É certo que, dentro da diretoria há a intenção de reduzir o fatiamento dos jogadores do clube. Mas isso será feito a longo prazo visto que existem vários atletas com direitos presos a terceiros.
Após perder quase metade das vendas de jogadores em 2015, o São Paulo fechou com déficit de R$ 72 milhões apesar da receita de R$ 331 milhões. Sua dívida, no entanto, teve crescimento abaixo da inflação, chegando a R$ 349 milhões – era de R$ 341 milhões no ano passado.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.