Um São Paulo que virou competitivo, e um Galo que se perdeu com Aguirre
No início de temporada, o Atlético-MG era o time com a base vice-campeão brasileira e que tinha recebido reforços do quilate de Robinho: um dos favoritos para a temporada. O São Paulo era um time que não inspirava nenhuma confiança em sua torcida, no qual a vaga na Libertadores parecia um acaso. Passados quatro meses e meio, o time paulista superou o mineiro muito pelo trabalho dos seus dois técnicos.
Apesar dos tropeços iniciais, Edgardo Bauza foi, com bastante paciência, encontrar o padrão perdido de seu time. Com ele, Ganso floresceu, Michel Bastos ressurgiu, e os reforços Calleri e Maicon se encaixaram. Um time certinho: marcava forte até na frente e recuperava a pressão no Morumbi vista em outros tempos.
Do seu lado, o Galo de 2015 tinha uma equipe vertical em casa, mas com falta de consistência defensiva. O estilo veloz era a grande virtude. Pois Aguirre preferiu privilegiar a força física em vez dos jogadores técnicos que tinha. No primeiro jogo, só usou Robinho e Pratto, preterindo atletas como Cazares.
Foi assim que teve que recuperar o placar em casa. Saiu-se bem com a ajuda da pressão da torcida, com a volta de Cazares e com um adversário desnorteado e ainda refém de seus defeitos defensivos, Dênis e Rodrigo Caio, principalmente. Pronto: dois gols em menos de 15 minutos.
Se parecia perdido, o São Paulo se achou no gol de Maicon no escanteio, em falha de Victor. Terminava a pressão inicial com placar que lhe dava vaga. Era bastante para o que ocorrera no início. E o jogo se normalizou: era bom, mas o ritmo não era mais alucinante. Chances dos dois lados, bola na trave, mas o placar se mantinha.
O segundo tempo veio com as substituições de Aguirre, entre elas a entrada de Carlos Eduardo, jogador notoriamente frio. Por incrível que pareça, seu técnico segurou o ímpeto do time. Sobrava a iniciativa de Cazares, o renegado, que criava as melhores chances.
E o São Paulo soube enfrentar o sufoco, soube se defender e até tocar a bola na metade final do segundo tempo. Não ameaçava o Galo, é verdade, mas continha o rival que melhor joga em seus domínios. E assim foi até o final enquanto o time mineiro lançava bolas na área, uma atrás da outra.
Não há dúvidas que o trabalho dos dois técnicos teve peso considerável nesta classificação são-paulina às semifinais da Libertadores.
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