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Rodrigo Mattos

Fla procura culpados por briga em câmeras para se defender no STJD

rodrigomattos

07/06/2016 06h00

A diretoria do Flamengo faz uma procura nas câmeras do estádio Mané Garrincha para identificar culpados da briga entre torcedores do Flamengo e do Palmeiras. A expectativa é de que as imagens mostrem maior participação de palmeirenses e reduzam a responsabilidade do clube, o que  poderia reduzir possível punição pelo STJD onde o time carioca e o paulista já foram denunciados. E o diretor rubro-negro, Fred Luz, minimizou a relação do clube com organizadas que já foram ao CT do clube.

Pelas informações iniciais, a torcida palmeirense derrubou barricadas no anel interno para chegar aos torcedores rubro-negros. Mas um vídeo da Band mostra flamenguistas provocando os alviverdes. Um rubro-negro ficou gravemente ferido no hospital após ser espancado por rivais.

A denúncia da procuradoria do STJD enquadrou os dois clubes em dois artigos do CBJD (211 e 2013) que podem levar a perda de mando de campo, jogos com portões fechados e multa. Ainda não há data para julgamento.

"Podem ser até 70 mil pessoas no jogo. Como vou controlar? Não conheço esses caras. Não tenho como saber o que vão fazer", analisou o diretor executivo do Flamengo, Fred Luz. "Para mim, é questão da polícia. Por que soltaram os que foram presos (palmeirenses)?" O dirigente disse que houve falha de policiamento e também isentou a diretoria palmeirense: "Qual o controle que o Palmeiras tem sobre o marginais que vão ao jogo?"

É possível controlar a entrada de torcedores incluídos na lista de punidos da CBF por meio de identidade e CPF. Mas Luz disse que, pela lei, não dá para o clube fiscalizar essa entrada. "Não posso evitar que entrem no estádio. A polícia que teria de controlar isso", ressaltou.

A diretoria rubro-negra não pretende deixar de mandar jogos no Mané Garrincha desde que não exista uma interdição do estádio. Nem abrirá mão das zonas mistas do estádio. O entendimento é de que as confusões ocorreram no setor de organizadas que são segregados, e que o problema foi no isolamento delas. No borderô, consta um custo de R$ 76 mil com segurança no jogo, um valor superior ao clássico entre Palmeiras e São Paulo no Morumbi.

Luz disse ainda não ver problema na atitude da diretoria do Flamengo de receber organizadas no Centro de Treinamento rubro-negro cerca de 10 dias antes de estas protagonizarem briga no Mané Garrincha. "Quem das organizadas foi recebido? Não tem carimbo de marginais sobre esses caras. Organizadas têm marginais, mas não são todos. Posso ter um sócio marginal no clube e não tenho como impedi-lo de entrar no clube."

Sobre o Autor

Nascido no Rio de Janeiro, em 1977, Rodrigo Mattos estudou jornalismo na UFRJ e Iniciou a carreira na sucursal carioca de “O Estado de S. Paulo” em 1999, já como repórter de Esporte. De lá, foi em 2001 para o diário Lance!, onde atuou como repórter e editor da coluna De Prima. Mudou-se para São Paulo para trabalhar na Folha de S. Paulo, de 2005 a 2012, ano em que se transferiu para o UOL. Juntamente com equipe da Folha, ganhou o Grande Prêmio Esso de Jornalismo 2012 e o Prêmio Embratel de Reportagem Esportiva 2012. Cobriu quatro Copas do Mundo e duas Olimpíadas.

Sobre o Blog

O objetivo desse blog é buscar informações exclusivas sobre clubes de futebol, Copa do Mundo e Olimpíada. Assim, pretende-se traçar um painel para além da história oficial de como é dirigido o esporte no Brasil e no mundo. Também se procurará trazer a esse espaço um olhar peculiar sobre personagens esportivas nacionais.