Deputado admite ganhar salário da CBF e que é legítimo defendê-la na Câmara
O deputado federal Vicente Cândido (PT-SP) admitiu que ganha salário da CBF para exercer o cargo de diretor de assuntos internacionais da CBF. Segundo ele, seus vencimentos na entidade são parecidos com os de parlamentar. Ele não vê conflito em sua remuneração e no fato de fazer lobby para a entidade no Congresso.
"Recebo um salário mais ou menos o que ganho na Câmara. Acho justo porque presto um serviço", contou o dirigente ao sair da sede da entidade. "Não vejo conflito em defender os interesses do esporte no Congresso, não da CBF. E a CBF é promotora do futebol no país."
Na Câmara, o salário de parlamentar é de R$ 33 mil. Ele não quis dizer qual o valor exato ganho na CBF. Alegou que defende a transparência, mas não sabe a hierarquia de remuneração de diretores da entidade.
Vicente Cândido era sócio do presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, em um escritório de advocacia, mas a sociedade foi desfeita no final do ano passado. Ele tem defendido os interesses da entidade no Congresso.
Declarou ser contra a CPI da Máfia do Futebol na Câmara e no Senado para investigar a confederação porque trata-se de uma privada. Defendeu, por consequência, que a entidade não tem que ceder os contratos para a CPI "Acho que não. Minha posição é contrário. Nem a Câmara revela os seus salários", afirmou.
As posições expressas por Vicente Cândido nesta quinta-feira são opostas às manifestadas por ele quando assumiu cargo na CBF, em abril de 2015. Na ocasião, ele afirmou que abriria mão de cargo na entidade se fosse instalada uma CPI no Congresso para investigar a confederação. Na mesma época, ele afirmou à "Folha de S. Paulo" que não recebia salário na entidade.
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