Um gol roubado não exime os muitos erros de Dunga
Sim, a seleção brasileira foi eliminada da Copa América por um gol irregular de mão do Peru. Isso não exime o time de não ter exibido qualquer fiapo de futebol na competição. Basta dizer que o Brasil conseguiu ser eliminado na primeira fase em um grupo em que disputava com Peru, Haiti e Equador.
A verdade é que o erro de arbitragem não serve de defesa para o técnico Dunga. A verdade é que a seleção só conseguiu fazer gol no Haiti nesta Copa América, passando em branco contra Equador e Peru. A verdade é que aqueles que viram evolução no time exaltavam um toque de bola estéril dois anos depois de o treinador assumir a equipe.
Diante do Peru, o Brasil foi uma repetição do que se viu na era Dunga. Algumas trocas de bola, alguns raríssimos lances incisivos. Basta dizer que foram 12 conclusões a gol diante do Peru, a maioria de longe, a maioria sem perigo. No segundo tempo, não houve nenhum lance de gol claro para a seleção.
Na primeira etapa, houve algumas ameaças para o gol peruano – lembremos uma das piores nas eliminatórias da América da Sul. Houve ali duas ou três chances de gol. Pouco, pouquíssimo para uma seleção brasileira.
No geral, o que se via era um time sem nenhuma ideia de como pressionar o rival. Isso se acentuou no segundo tempo. Acomodado com a ideia da classificação à segunda fase, o Brasil quase abdicou do ataque, ou foi incapaz de reagir ao avanço do Peru ainda que dentro de suas limitações.
Até que neste jogo tedioso surgiu o gol de Ruidíaz com a mão. A arbitragem discutiu durante um bom tempo, com microfones na mão, para decidir se era gol ou não. Acabou validando o gol ilegal.
Prejudicado, o Brasil seguiu sem ideia de como pressionar o Peru. As possibilidades de gol continuaram escassas. Mas a culpa, segundo Dunga, é do juiz.
A CBF não tem um presidente nos EUA para reclamar do erro de arbitragem na Copa América. A CBF não tem um técnico de verdade no banco. A CBF, hoje, não tem a mínima ideia do que fazer com a seleção.
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