CBF cogitou usar caso de Messi para liberar atletas, mas desistiu de brigar
A seleção olímpica deixou de contar com alguns jogadores abaixo de 23 anos que interessavam o técnico Rogerio Micale por falta de liberação de seus clubes. A CBF chegou a requisitar um parecer jurídico para brigar pelos atletas, inclusive usando o precedente de Messi nos Jogos de 2008. Mas, no final, prevaleceu a intenção da entidade de não brigar com os times europeus, e usar os disponíveis.
Entre os jogadores no limite de idade que não puderam ser convocados estão o lateral Fabinho (Monaco), o goleiro Ederson (Benfica) e o zagueiro Wallace. Houve complicações para liberar Felipe Anderson (Lazio) e Marquinhos (PSG).
Pela regra da Fifa, a Olimpíada não está no calendário oficial de jogos, o que desobriga os clubes de mandar os jogadores aos times nacionais. Assim, atletas acima de 23 anos não precisam ir. Mas, em relação aqueles abaixo de 23 anos, há uma controvérsia e é possível lutar para contar com eles.
Após disputas da CBF e da AFA (Associação de Futebol da Argentina) com clubes, em Pequim-2008, a Fifa baixou resolução naquele ano em que dizia que esses atletas deveriam ser liberados. A tese da entidade era de ser costume permitir que esse jogadores atuassem nos Jogos. Com isso, Messi, então na idade, foi para Pequim pela Argentina, e Rafinha e Diego, pelo Brasil.
Depois, o Barcelona e o Schalke 04 entraram com ações no CAS (Justiça Arbitral Suíça). A decisão final foi em favor dos clubes: o tribunal entendeu que não havia obrigação de libera-los para a Olimpíada. Teoricamente, eles teriam de voltar aos clubes. Só que, como já estavam com as seleções, os dois times tiveram de ceder e aceitar.
A CBF chegou a consultar advogados para entender se poderia conseguir fazer algo parecido. Foi feito um levantamento sobre esses precedentes jurídicos. A entidade foi informada de que poderia lutar pelos atletas, mas prevaleceu a intenção de evitar briga.
No Brasil, a CBF comunicou os times nacionais sobre quais jogadores pretendia contar nos Jogos. "Nós fizemos uma consulta aos clubes para a liberação. Segue o mesmo trâmite dos atletas fora do país", disse o coordenador da seleção olímpica, Erasmo Damiani.
Não recebeu a resposta de alguns, mas entendeu que todos liberariam os atletas. É o que acontecerá por conta da vontade do jogador. "Não tínhamos respondido, mas a tendência é liberar. Não vamos contra a vontade do jogador", afirmou o presidente do Grêmio, Romildo Bolzan Jr, sobre Luan. O Santos, que perdeu três atletas, também informou que não complicará a liberação de Zeca, Gabriel e Thiago Maia.
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