Caixa só aceita dar alívio parcial à dívida da Arena Corinthians
O Corinthians já sofreu um revés na renegociação de sua dívida com a Caixa Econômica Federal e o BNDES referente a sua arena. O banco estatal já avisou que não aceita interromper completamente os pagamentos como propunha o clube. A carência proposta pela Caixa é só do pagamento principal, mas o time alvinegro terá de continuar a quitar os juros.
Desde o ano passado o Corinthians tenta obter uma carência de 17 meses em seu empréstimo com o BNDES. A negociação é com a Caixa que atua como intermediadora. Para embasar seu pedido, o clube alega que outros estádios da Copa tiveram 36 meses de carência, e o clube apenas 19 meses. Sem dinheiro, parou de pagar o principal do débito em abril de 2016.
A ideia da diretoria corintiana era ter esses meses de alívio para acumular dinheiro e se manter em dia com os pagamentos. Até porque, com o rendimento atual do estádio, ficou impossível quitar as parcelas só com as bilheterias – os naming rights não foram vendidos apesar das seguidas promessas.
Mas, na mesa de negociação, a Caixa informou que só aceitaria a carência do principal, e não dos juros. A diretoria do clube já aceitou essa exigência. No total, a parcela mensal é de R$ 5,7 milhões. Não há informação sobre quanto é pago de juros. Mas, no financiamento do Maracanã, bem similar, eles representam em torno R$ 2 milhões. Já são seis meses que o Corinthians paga só esse valor, e o banco estatal cobre o resto para o BNDES.
Para compensar, a diretoria do Corinthians tenta alongar o pagamento para 20 anos em vez dos 15 anos atuais. Assim, o valor das parcelas cairia e o time de Parque São Jorge teria condições de paga-las com as rendas do estádio, sem botar dinheiro próprio.
O sufoco do clube não é apenas esse já que existem dívidas com a Odebrecht – pouco menos de R$ 400 milhões – que tomou dinheiro em bancos para pagar a construção do estádio. Neste domingo, a "Folha de S. Paulo" mostrou que a Caixa comprou R$ 350 milhões em debêntures da Odebrecht, em 2014, para ajudá-la a custear as obras. O banco estatal tem se recusado a dar informações sobre a Arena Corinthians, alegando sigilo bancário da operação.
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