Manobras do Inter para se livrar da degola parecem fadadas ao fracasso
A diretoria do Internacional iniciou desde a semana passada manobras extracampo para tentar evitar o seu rebaixamento. Mas as medidas, no momento, parecem fadadas ao fracasso sem clima para vingarem seja no tapetão, seja politicamente. Essa análise é baseada em conversas do blog com fontes envolvidas no caso.
Primeiro, o clube decidiu ir ao STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) para alegar irregularidade do jogador Victor Ramos, do Vitória. A CBF, de cara, avisou que o jogador estava regular. O clube colorado insistiu e foi ao tribunal.
O caso está na procuradoria do STJD, mas só se time gaúcho apresentar uma surpresa, um fato novo, conseguirá evitar o arquivamento. É possível. Mas o clima no tribunal é bem desfavorável.
Na quinta-feira, o presidente do Inter, Vitório Píffero, voltou a carga lançando uma campanha para cancelar a rodada final do Brasileiro por conta da tragédia do avião da Chapecoense. Alega que os jogadores do Inter não têm condições psicológicas para jogar. A medida poderia abrir uma brecha para o W.O. coletivo, questionamento do Nacional e virada de mesa.
Mas a ideia foi bem mal recebida pelos outros clubes, fora Figueirense e América-MG, interessados. Tanto que o Internacional sequer teve coragem de apresentar o plano no grupo de advogados de clubes da Série A. Na CBF, também não há nenhum clima ou intenção de cancelar a rodada.
Mais, duas fontes envolvidas com o caso, um delas do STJD, apontaram que mesmo que um WO coletivo vingasse seria mais provável que fosse mantida a atual pontuação do campeonato. Pelo regulamento, todos perderiam por 3 x 0. Neste caso, o Inter seria rebaixado por antecipação.
Pelo cenário atual, o Inter terá de escapar no campo da Série B porque medidas extracampo não tiveram eco no mundo político e jurídico do futebol até agora.
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