Odebrecht se nega a fazer eventos no Maracanã por briga com Rio-2016
A Odebrecht diz que não organizará nenhum evento a mais no Maracanã enquanto não for resolvida sua disputa com o Comitê Organizador Rio-2016. Os jogos de futebol estão excluídos dessa medida. Na prática, poderão ocorrer shows desde que a negociação ocorrera com governo do Estado. Ou seja, a construtora se nega a reassumir o estádio até a briga com o organismo olímpico ser resolvida.
Essa medida é uma forma de pressão sobre a Rio-2016 e o governo. Isso porque a construtora alega que foram descumpridos os termos do contrato para uso do estádio porque ele foi entregue sem os consertos necessários, e com prováveis danos à cobertura. O comitê organizador olímpico nega.
Com isso, a Odebrecht já orientou organizadores do Jogos das Estrelas, de Zico, e do Reveillon no Maracanã a negociaram com a Casa Civil. O partida comemorativa de Zico ocorrerá porque ele negociou diretamente com o governo. Segundo a construtora, esses eventos só poderão ocorrer nos moldes das finais do Carioca-2016, em que houve negociação com a Rio-2016.
A Odebrecht já notificou o governo do Estado duas vezes por supostos descumprimentos da Rio-2016 dos termos do contrato. Entre as reclamações, estão R$ 2 milhões em contas de luz e gás não pagas, falta de consertos e mal uso da cobertura do Maracanã.
Pela explicação da construtora, a Rio-2016 colocou mais do que dobro da capacidade de peso sobre a cobertura, 181 toneladas, contra 81 toneladas previstas, por conta dos fogos. O Comitê alega ter um laudo que atesta que não houve danos.
O Rio-2016 argumenta ainda ter cumprido os termos e ter entregue o estádio em 30 de outubro, mas com a promessa de realizar os reparos necessários até o final do ano. E diz que não houve danos à coberturas.
A decisão da construtora ocorre em meio à negociação da Odebrechet para repassar a concessão do estádio. Há uma disputa entre os grupos Lagardère e o consórcio composto por CSM, Amsterdam Arena e GL Events, em parceria com o Flamengo. A construtora confirmou estar analisando as duas propostas. O governo do Estado do Rio ainda não tomou uma decisão sobre se haverá uma nova licitação.
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