Como Champions, Conmebol quer negociar TV da Libertadores dividida por país
A cúpula da Conmebol já se convenceu a mudar a forma de negociar os direitos de televisão da Libertadores no próximo contrato a ser válido a partir de 2019. Em vez de vender tudo para uma emissora como a Fox, pretende fatiar os direitos e negociá-los por cada país interessado. Assim, repetiria o modelo da UEFA na Liga dos Campeões.
A negociação de direitos da Libertadores foi uma das principais fontes de corrupção na Conmebol, segundo a investigação do FBI. O Departamento de Estados dos EUA apontou que houve pagamento de propina a dirigentes da entidade para obtenção dos direitos de televisão e marketing da competição.
Uma das responsáveis pelo pagamento de suborno era justamente uma empresa em paraíso fiscal que tinha a Fox como acionista. A emissora nega que tivesse influência na gestão da companhia.
Mas, quando estourou o escândalo e três presidentes da Conmebol foram presos, o novo chefe Alejandro Dominguez decidiu fazer um novo contrato, desta vez, diretamente com a Fox Sports. Houve um reajuste de cerca de 30% e o valor chegou a US$ 175 milhões. Clubes tiveram aumentos de cotas em todas as fases.
No dia do sorteio da Libertadores, em 21 de dezembro, a cúpula da Conmebol conversou sobre o assunto e ficou combinado de que o novo ciclo teria direitos vendidos de forma fatiada. Desta forma, a UEFA explodiu os ganhos com direitos da Liga dos Campeões. Só que, para isso, a entidade europeia faz concorrência com envelopes fechados, o que nunca foi realizado pela Conmebol.
Um dos objetivos é tirar mais dinheiro do mercado brasileiro. Por isso, a Conmebol aumentou o número de times nacionais na competição. Até 2015, a Globo pagava valores baixos pela Libertadores, apesar dos altos ganhos.
Isso afeta os clubes que, em 2017, não terão reajuste de cotas para a Libertadores. A Conmebol tinha prometido divulgar os valores oficialmente, o que ainda não ocorreu.
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