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Rodrigo Mattos

Fifa quer liberar replays polêmicos em estádios junto com árbitro de vídeo

rodrigomattos

01/02/2017 04h00

A Fifa quer liberar replays de lances polêmicos em estádios juntamente com o árbitro de vídeo. O modelo ainda não está finalizado, mas a ideia é mostrar para o torcedor por que o árbitro tomou determinada decisão. Esse sempre foi um tabu para a federação internacional que proíbe a exibição de lances de marcação difícil para o árbitro.

O modelo de árbitro de vídeo ainda está em discussão dentro da Fifa e da International Board. Houve o primeiro teste no Mundial de Clubes no Japão. Mas entidades como a CBF ainda questionam o projeto da federação internacional e haverá outros ajustes em teste.

Entre os pontos controversos, está o uso de vídeo pelo árbitro que está em campo. A Fifa defende essa ideia, a CBF é contra e pretende argumentar para impedir isso. Outra questão é sobre o uso do árbitro de vídeo em lances de interpretação. De novo, a Fifa é a favor, e a confederação é contra. A confederação vai insistir na sua tese em encontros com a International Board em fevereiro.

Mas há um ponto em comum: ambas as entidades preveem liberar o replay de lances controversos nos estádios. No caso da Fifa, a ideia é até mais avançada: ter uma câmera acompanhando o árbitro enquanto ele toma a decisão. É supreendente para uma entidade que proibia que países-sede de Copa do Mundo exibissem replays de lances controversos no estádio. Queria evitar reações adversas da torcida contra o juiz, temente protestos.

A CBF simplesmente pretende liberar o replay para o torcedor poder constatar o mesmo que o juiz de vídeo analisou. No Brasileiro, também se evita a exibição de lances polêmicos em telões, ou câmeras que revelem impedimento.

Mas ainda não é certa a implantação do árbitro de vídeo no Brasileiro-2017. O principal empecilho continua a ser a alegação da entidade de que faltam recursos porque o sistema é caro. Os gastos são estimados em R$ 15 milhões, e a CBF tem receita estimada em R$ 500 milhões nos últimos anos. Já há quem fale dentro da entidade em adiar o árbitro de vídeo para 2018.

Sobre o Autor

Nascido no Rio de Janeiro, em 1977, Rodrigo Mattos estudou jornalismo na UFRJ e Iniciou a carreira na sucursal carioca de “O Estado de S. Paulo” em 1999, já como repórter de Esporte. De lá, foi em 2001 para o diário Lance!, onde atuou como repórter e editor da coluna De Prima. Mudou-se para São Paulo para trabalhar na Folha de S. Paulo, de 2005 a 2012, ano em que se transferiu para o UOL. Juntamente com equipe da Folha, ganhou o Grande Prêmio Esso de Jornalismo 2012 e o Prêmio Embratel de Reportagem Esportiva 2012. Cobriu quatro Copas do Mundo e duas Olimpíadas.

Sobre o Blog

O objetivo desse blog é buscar informações exclusivas sobre clubes de futebol, Copa do Mundo e Olimpíada. Assim, pretende-se traçar um painel para além da história oficial de como é dirigido o esporte no Brasil e no mundo. Também se procurará trazer a esse espaço um olhar peculiar sobre personagens esportivas nacionais.