Marin pede para ser julgado separado de outros réus por corrupção na CBF
O ex-presidente da CBF José Maria Marin pediu à Justiça dos EUA para ser julgado em separado de outros cartolas pelas acusações de corrupção no caso Fifa. O objetivo é evitar prejuízos ao ex-cartola no julgamento que vai se desenrolar durante este ano. Marin é acusado de três crimes por ter recebido propina em contratos da CBF.
Iniciado desde 2015, por investigação do FBI, o caso Fifa tem 30 indiciados em um mesmo processo em que são acusados de pagar ou receber suborno relacionados a acordos de competições de futebol nas Américas do Sul, Centro e Norte. Entre eles, estão o atual presidente da CBF, Marco Polo Del Nero e o ex-presidente Ricardo Teixeira, que ficam no Brasil para fugir do processo.
Marin é acusado de desvios relacionados aos contratos da Copa do Brasil, da Copa América e da Libertadores. Por isso, responde pelos crimes de associação criminosa, fraude eletrônica e lavagem de dinheiro. Ele se declarou inocente ao contrário de outros réus que colaboraram com a Justiça. A previsão do julgamento de todos é novembro de 2017.
Em 31 de janeiro, o advogado Charles Stillman do brasileiro entrou com uma moção para pedir a separação do processo de Marin. Sua alegação é baseada na Lei de Procedimento Penal dos EUA em um artigo que prevê que pode haver separação caso o réu possa sofrer prejuízo no caso de ser julgado em conjunto. Ainda não houve resposta da juíza Pamela K. Chen.
A apuração do blog é de que o objetivo de Marin é restringir as acusações a que vai responder ao período em que de fato foi dirigente da CBF, isto é, de 2012 a 2015. Até porque há crimes relatados no caso Fifa que remontam a 1990, período em que se iniciam os pagamentos de propina dentro da Conmebol. Assim, ele teoricamente poderia reduzir uma possível pena.
O blog tentou contato com advogado de Marin em Nova Iorque sem resposta até a publicação deste post. O ex-presidente da CBF continua morando em seu apartamento na Trump Tower, em Nova Iorque, onde cumpre pena por prisão domiciliar. Aos 84 anos, não enfrenta problemas graves de saúde.
Quanto a Teixeira e Del Nero, enquanto não se apresentarem nos EUA seu caso não deve ser julgado.
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