Como o Galo vai tentar liberar o dinheiro de Pratto travado pelo Grêmio
O Atlético-MG já traçou uma estratégia jurídica para tentar liberar o dinheiro da venda de Lucas Pratto ao São Paulo bloqueado judicialmente. A trava ocorreu por conta da dívida pela negociação do goleiro Victor em 2012. Agora, o Galo pretende usar o clube Labareda, de sua propriedade, para substituir a penhora e tentar abater o débito com alegação contratuais.
Após anos de cobranças infrutíferas, o Grêmio foi bem-sucedido em ação liminar para bloqueio de R$ 10,5 milhões do dinheiro de Pratto, como mostrou o UOL. Isso ocorreu depois de o Galo oferecer seu clube Labareda com piscinas e área de lazer como penhora, o que foi recusado.
"O terreno foi avaliado em R$ 45 milhões o que é mais do que suficiente. O juiz impugnou alegando que era alienado por outra penhora. Mas essa penhora que era da Receita já foi levantada. E, de qualquer forma, o terreno vale mais", afirmou o diretor jurídico do Atlético-MG, Lasaro Cunha.
Na visão do dirigente, não há porque manter um dinheiro pago em juízo em vez se há um bem para penhora. "Isso não existe entre empresas. Qual a justificativa para manter o dinheiro parado?", afirmou Cunha.
Esse será o argumento do Atlético-MG ao tentar um agravo na segunda instância para cassar a liminar que deu o bloqueio do dinheiro de Pratto. Caso o Galo não derrube no tribunal gaúcho, irá ao STJ (Superior Tribunal de Justiça).
Outra estratégia da agremiação mineira é questionar o valor cobrado pelo Grêmio. Logo que o time do Sul entrou com uma ação, o Atlético-MG já ingressou com um pedido de questionamento do valor por conta de Werley, zagueiro que serviu como parte do pagamento. Pelo acordo, o time gremista ficou com 50% do jogador, e o Galo com outros 50%.
A argumentação do clube mineiro é de que, pelo contrato, o Grêmio era obrigado a ter a aprovação atleticana para qualquer empréstimo a outro time. "Ele foi emprestado várias vezes sem anuência", alegou Cunha.
Na avaliação do Galo, com isso, tem que ser arbitrado um valor pelas supostas perdas financeiras atleticanas já que o jogador valia Us$ 2,5 milhões. Neste caso, o time mineiro poderia pedir até Us$ 1,250 milhão, sua parte no atleta, como desconto.
Fato é que a briga entre Grêmio e Atlético-MG pela falta de pagamento pode acabar em um tribunal da CBF para resolução de litígios em transferências. O time gaúcho quer impedir o Galo de negociar atletas. No entendimento atleticano, no entanto, a corte não pode mais atuar porque o caso já está na Justiça comum. O tribunal ainda não se pronunciou sobre o caso.
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