Empresa desiste de comprar Maracanã; destino é licitação ou municipalização
A Lagardère desistiu da compra da concessão do Maracanã da Odebrecht, deixando em aberto o futuro do estádio. O futuro do estádio terá de ser definido por uma nova licitação ou por uma municipalização desejada pelo prefeito do Rio, Marcelo Crivella. O Flamengo quer a nova concorrência, e o Fluminense fazia acordo com a empresa francesa.
Há três semanas o governo do Estado do Rio deu sinal de que recuaria da aprovação à venda do estádio, optando por uma nova licitação. Não havia uma palavra final, mas era uma tendência. Isso ocorreu após as revelações das delações da Odebrecht que apontavam propina nos processos licitatórios da concessão.
Os franceses já tinham até um memorando de entendimento assinado com a Odebrecht para a compra do estádio por R$ 60 milhões. Mas a indefinição do governo do Estado levou os a desistir da aquisição. Eles, no entanto, não desistiram completamente do Maracanã
Agora, há dois caminhos para o Maracanã: um deles é a nova licitação em que o Flamengo e seus parceiros estão interessados, já que o clube se recusava a jogar se a Lagardère mandasse no estádio.
"É uma decisão deles (Lagardère), não nos cabe comentar. O Flamengo continua defendendo uma nova licitação e participará dela dependendo das condições do edital", afirmou o presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello.
Outra possibilidade surgiu na semana passada quando o prefeito Marcelo Crivella manifestou ao governo Luiz Fernando Pezão a intenção de municipalizar o estádio. O Estado do Rio exigiria um pagamento por isso, mas a prefeitura é credora de dívida com o governo por ter ajudado na crise financeira. O plano seria assumir e acertar uma parceria com os clubes. Houve troca de mensagens entre o governador e o prefeito sobre o tema.
Mas a Largadère também está em discussão com o prefeito em relação ao estádio. E ainda estuda se pode entrar com um processo judicial para tentar ganhar o Maracanã alegando ser a segunda colocada na licitação que deu vitória à Odebrecht. Só que seu parceiro à época era a OAS, que está em recuperação judicial.
A diretoria do Flamengo informou que tem conhecimento da intenção do prefeito e que estava disposta a colaborar com ele. Mas, em paralelo, os dirigentes rubro-negros negociam terrenos e liberações para um estádio próprio. Essa será a alternativa se considerarem que as condições de concessão e os custos do Maracanã são inviáveis para o clube. Também existe essa discussão com o prefeito.
O Fluminense também tinha um projeto de estádio próprio. Sua diretoria ainda não quis se pronunciar sobre a desistência da Laragadère. As duas ideias de estádios dos dois times são embrionários, sem terreno certo ou forma de financiamento.
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