Atlético-PR 'tropicaliza' modelo inglês com Autuori na chefia do futebol
Contactado pelo Atlético-PR no ano passado, o técnico Paulo Autuori já pensava em assumir um cargo de chefia no futebol e deixar o campo no Brasil. Aceitou ficar um ano armando o time até que fosse implantado o projeto no clube paranaense. E esse projeto se inspira no modelo inglês adaptado para o Brasil.
"Já estava programado quando o Autuori veio. Ele tinha deixado bem claro que não queria mais ser treinador no Brasil. Aceitou ficar esse ano, mas já tínhamos programado para esse período que seria feita a troca", contou o presidente do Conselho Deliberativo do Atlético-PR, Mauro Celso Petraglia.
Segundo ele, o modelo adotado no clube paranaense é um inglês "tropicalizado". Inspirou-se em casos como os clubes Manchester United (Alex Fergunson), Arsenal (Arsene Wenger) e Liverpool. Por lá, eles cuidam de toda a gestão do futebol, mas auxiliares assumem boa parte dos treinos.
No Atlético-PR, Autuori terá maior poder com a possibilidade de escolher e avaliar o técnico de campo, em cojunto com a diretoria do time paranaense. "Ninguém mudará um técnico sem ouvi-lo", disse Petraglia. A definição de Eduardo Baptista passou pelas mãos de Autuori.
Petraglia faz questão de elogiar o novo técnico do rubro-negro, dizendo que ele caiu no Palmeiras não por conta de seus resultados. "Ele teve 70% de aproveitamento", analisou.
Ao assumir, Baptista terá total liberdade para escalar seus times e usar seus esquemas. Mas a montagem do elenco passa por Autuori e pela direção do clube, sendo que ele participa do processo. Se houver discordância, o treinador tem a palavra final, segundo Petraglia.
Em compensação, o novo executivo Autori terá prerrogativas sobre todo o departamento de futebol, incluindo a divisão de base e negociações de contratações. Esse poder tem relação com uma afinidade entre o que pensa o ex-técnico e Petraglia. Ambos são contestadores de diversos aspectos da estrutura do futebol nacional.
"Claro que a afinidade conta. Teremos que conviver então tem que ter uma ideologia em comum", completou Petraglia. Não é à toa que Autuori aceitou esperar um ano como treinador, enquanto o dirigente aceitou eleva-lo de cargo como era seu projeto.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.