MPF vai pedir à Espanha provas de investigação contra Teixeira
A Procuradoria Geral da República vai requisitar às autoridades espanholas o compartilhamento de provas da investigação de que o ex-presidente da CBF Ricardo Teixeira recebeu recursos ilegais por contratos da seleção. A informação foi publicada primeiro no "Globo.com" e confirmada pelo blog.
Nesta terça-feira, o ex-presidente do Barcelona Sandro Rosell foi preso pela acusação de lavagem de dinheiro feita pela procuradoria da Espanha. O esquema envolvia o pagamento de propina em forma de comissões ilegais por amistosos da seleção brasileira. Eram beneficiados Rosell e Teixeira, que têm longa relação de amizade e de troca de dinheiro.
Segundo a investigação, Teixeira teria recebido 8,4 milhões de euros (R$ 30 milhões) em pagamentos ilegais da ISE (Internacional Sports Events), empresa que detém os direitos de amistosos da seleção no exterior até 2022. Esse dinheiro correu por países como EUA, Panamá e Andorra para beneficiar os dois ex-cartolas.
O ex-presidente da CBF é alvo de um inquérito na Polícia Federal do Rio por conta de movimentação anormal de dinheiro em suas contas. Entre os valores que abasteceram sua conta, estão pagamentos de Rosell que somaram R$ 13 milhões só em uma depósito, como revelou a CPI do Futebol.
Agora, a procuradoria requisitará que as provas da Espanha venham para o Brasil para alimentar essa investigação. Há um acordo de cooperação entre os dois países para troca de informações nesse tipo de caso.
A questão é que também houve pedido da procuradoria para compartilhamento de informações com a Justiça dos EUA, onde há acusações de suborno contra Teixeira, e advogados dos cartolas conseguiram barrar na Justiça. A cooperação ficou travada por dois anos por conta de decisão de juiz federal do Rio, e depois liberada. Mas os advogados de Teixeira ainda tentam bloquear a cooperação.
Advogados de Teixeira têm sido procurados constantemente pelo blog para falar sobre as acusações, mas ainda não se pronunciaram sobre o caso.
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