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Rodrigo Mattos

Avaí diz que pedirá para narrador da Globo depor e depois desiste

rodrigomattos

12/06/2017 15h09

O Avaí toma medidas para verificar se houve interferência no recuo da marcação do pênalti contra o Flamengo, no jogo na Ressacada. Para isso, seu advogado Oswaldo Sesteiro afirmou que o primeiro passo será interpelar na Justiça Desportiva o narrador da Globo Luis Roberto sobre sobre sua fala após a penalidade em que diz que o árbitro iria consultar a emissora. Depois, o clube soltou nota dizendo que nunca cogitou a medida. O blog tem cópia do diálogo com Sestario em que ele afirma que chamaria o locutor.

O árbitro Paulo Scheleich Vollkopf (MS) inicialmente marcou pênalti de Everton em Diego Tavares quando há um contato entre os braços. Depois, consultou seus assistentes do fundo e do lado do campo e voltou atrás. Houve insinuações de pessoas do Avaí de que poderia ter havido uma dica externa ao árbitro de alguém que viu o lance na TV.

Logo após o lance, o narrador Luis Roberto diz: "Ih rapaz. Vai consultar a gente de novo. Vai consultar a gente de novo."

Questionado pelo blog, o advogado Oswaldo Sestario, que representa o Avaí no STJD, afirmou: "Vamos fazer uma interpelação. Para explicar o que diz a narração." O diálogo está gravado no what's up.

Em seguida, o Avaí afirmou por nota: "O Avaí também esclarece que não vai convocar jornalista para depor no STJD como foi mencionado em várias reportagens ao longo desta segunda-feira. O jurídico do clube sequer cogitou esta possibilidade." Além do blog, Sestario também afirmou ao Lance que interpelaria o narrador.

Sestario era advogado da Portuguesa na confusão que permitiu que Heverton fosse escalado irregularmente no Brasileiro-2013. Chegou a ser acusado de prejudicar a Lusa, mas foi inocentado pelo Ministério Público de São Paulo.

Procurada sobre o assunto, a Globo ficou de responder sobre as declarações de Luis Roberto.

Dentro da CBF, há a certeza de que não houve interferência externa na decisão do árbitro. A posição da comissão de arbitragem se baseia no fato de delegados, assistentes e os árbitros serem proibidos de portarem celulares ou se comunicarem com quem está fora de campo.

Membros da cúpula da arbitragem da confederação ainda avaliam que o árbitro Vollkopf demorou pouco para voltar atrás e, portanto, não teria tido tempo de consultar quem viu a televisão. Ou seja, seria ao contrário do que ocorreu no Fla-Flu quando o árbitro Sandro Meira Ricci demorou 13 minutos para tomar uma decisão, o que levou o Fluminense a entrar com uma ação.

Sobre o Autor

Nascido no Rio de Janeiro, em 1977, Rodrigo Mattos estudou jornalismo na UFRJ e Iniciou a carreira na sucursal carioca de “O Estado de S. Paulo” em 1999, já como repórter de Esporte. De lá, foi em 2001 para o diário Lance!, onde atuou como repórter e editor da coluna De Prima. Mudou-se para São Paulo para trabalhar na Folha de S. Paulo, de 2005 a 2012, ano em que se transferiu para o UOL. Juntamente com equipe da Folha, ganhou o Grande Prêmio Esso de Jornalismo 2012 e o Prêmio Embratel de Reportagem Esportiva 2012. Cobriu quatro Copas do Mundo e duas Olimpíadas.

Sobre o Blog

O objetivo desse blog é buscar informações exclusivas sobre clubes de futebol, Copa do Mundo e Olimpíada. Assim, pretende-se traçar um painel para além da história oficial de como é dirigido o esporte no Brasil e no mundo. Também se procurará trazer a esse espaço um olhar peculiar sobre personagens esportivas nacionais.