Procuradoria investiga atuação de brasileiros em desvios na Conmebol
Após o recebimento de documentos do Paraguai, procuradores federais abriram uma dezena de inquéritos federais para investigar fatos relacionados a participação de cartolas brasileiros em casos de corrupção na Conmebol (Confederação Sul-Americana). Isso inclui acusações relacionados ao caso Fifa.
As investigações se baseiam em documentos enviados pela Justiça do Paraguai ao Brasil, onde os desvios de dinheiro na entidade já são apurados. Esses papéis foram mandados no último mês. A informação foi publicada primeiro pelo "Globoesporte", e posteriormente confirmada pelo blog.
Potencialmente, podem ser atingidos dirigentes envolvidos no caso Fifa como José Maria Marin, Ricardo Teixeira e Marco Polo Del Nero, todos com acusações nos EUA. Essa é mais uma frente de investigação no Brasil contra cartolas da CBF: já existe um inquérito sobre o caso Fifa. Além disso, um pedido internacional de prisão contra Teixeira chegou ao Brasil e deve abrir nova ação contra o ex-dirigente.
Foi a PGR (Procuradoria Geral da República) quem requisitou ao Paraguai os documentos sobre casos de desvios na Conmebol. De um lado, promotores paraguaios já tiveram acesso a documentos da Justiça norte-americana. De outro, a nova diretoria da Conmebol promoveu uma auditoria que constatou desvios acima de US$ 100 milhões na entidade, e fez denúncia para a Justiça Paraguai.
Na Justiça norte-americana, ex-dirigente da confederação sul-americana são acusados de levar subornos em contratos de televisão e comerciais da Copa América e da Copa Libertadores. Entre os indiciados, estão Del Nero, Teixeira e Marin.
Esses documentos do Paraguai foram distribuídos para procuradores de vários Estados do Brasil para investigação de acordo com onde podem ter ocorrido crimes. Para que esses casos sigam em frente, procuradores terão de analisar se há crimes pela legislação brasileira.
Todos os inquéritos instaurados estão sob sigilo, segundo a PGR. A procuradoria têm ampliado sua cooperação com outros países para investigar os cartolas brasileiros que não podem ser extraditados, mas podem ser processados dentro do próprio país.
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