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Rodrigo Mattos

Globo não vê motivo para afastar repórteres dos árbitros por polêmica

rodrigomattos

29/07/2017 04h00

A Globo não vê nenhum motivo para afastar seus repórteres de perto do árbitros como reivindica o Santos após polêmica em relação à arbitragem com o Flamengo. Primeiro, a emissora argumenta que seu jornalista não interferiu na decisão. Segundo, entende que o posicionamento dos repórteres próximos aos bancos contribui para melhorar a transmissão.

No jogo Flamengo e Santos, pela Copa do Brasil, o árbitro Leandro Vuaden voltou atrás da marcação de um pênalti para o time rubro-negro após ouvir o auxiliar Flávio Rodrigues. Sem provas, o Santos acusou o repórter Eric Faria de avisa-lo, o que seria uma interferência externa. O jornalista nega e não foi mostrada imagem que o desminta.

Em ofício, o Santos pediu à CBF para afastar os repórteres dos árbitros, tanto da Globo quando de outras emissoras. A confederação não recebeu bem o protesto santista, e não levou adiante o pedido à emissora.

No entendimento da Globo, a posição do repórteres próximos a técnicos e árbitros torna a transmissão mais atraente pois eles têm acesso a informações durante a partida. É lembrado na emissora que se paga muito caro pelos direitos exclusivos do Brasileiro e que portanto tem que se ter direito de explora-los da melhor forma.

Outro argumento é de que emissoras como a Fox Sports têm a mesma prerrogativa nos jogos em que têm direitos como a Libertadores. Mais um argumento é que boa parte dos estádios brasileiros é apertado e portanto não há muitos lugares para ficar no gramado.

Oficialmente, a emissora se manifestou por meio de nota, defendendo sua imparcialidade e o seu repórter.

Em competições como Copa do Mundo e Liga dos Campeões, jornalistas televisivos não podem ficar tão próximos do banco de reserva e do quarto árbitro. Em alguns casos, sequer podem ficar em campo. Mas, em campeonatos nacionais e na Libertadores, isso é comum.

Sobre o Autor

Nascido no Rio de Janeiro, em 1977, Rodrigo Mattos estudou jornalismo na UFRJ e Iniciou a carreira na sucursal carioca de “O Estado de S. Paulo” em 1999, já como repórter de Esporte. De lá, foi em 2001 para o diário Lance!, onde atuou como repórter e editor da coluna De Prima. Mudou-se para São Paulo para trabalhar na Folha de S. Paulo, de 2005 a 2012, ano em que se transferiu para o UOL. Juntamente com equipe da Folha, ganhou o Grande Prêmio Esso de Jornalismo 2012 e o Prêmio Embratel de Reportagem Esportiva 2012. Cobriu quatro Copas do Mundo e duas Olimpíadas.

Sobre o Blog

O objetivo desse blog é buscar informações exclusivas sobre clubes de futebol, Copa do Mundo e Olimpíada. Assim, pretende-se traçar um painel para além da história oficial de como é dirigido o esporte no Brasil e no mundo. Também se procurará trazer a esse espaço um olhar peculiar sobre personagens esportivas nacionais.