Flu prepara modelo de gestão coletiva para evitar loucuras
Com Leo Burlá
A diretoria do Fluminense prepara um modelo de administração colegiada para minimizar o poder do presidente de tomar medidas que comprometam o futuro do clube. A ideia é fazer o processo em etapas cujo objetivo final é montar uma espécie de Conselho de Administração.
A agremiação das Laranjeiras vive um momento difícil financeiramente após gastos excessivos do antecessor Peter Siemsen, e da saída da patrocinadora Unimed. A dívida gira estava R$ 516 milhões segundo o último balancete, receitas estão baixas, e há déficit previsto para 2017.
Só ao assumir o presidente Pedro Abad percebeu o tamanho do problema apesar de ser da corrente do antecessor. Isso porque havia compromissos e questões financeiras que eram centralizados no presidente, com pouco acesso até para Abad que era presidente do Conselho Fiscal.
Diante disso, a atual diretoria contratou uma auditoria da Ernest & Young que recomendou um modelo de gestão em que mais pessoas participem das decisões. Agora, uma comissão prepara o texto com um regulamento para normatizar a forma de administrar o clube. Boa parte poderá ser feito sem mudar o estatuto.
A ideia é que, para uma decisão de impacto para o clube, terá de haver autorizações de um grupo de pessoas da área, não só o presidente. Por exemplo, dirigentes da área e CEO teriam de dar aval a contratação de um jogador que represente despesa acima de R$ 3 milhões por ano.
É um primeiro passo. Na sequência, Abad tem a intenção de preparar uma proposta para a criação de um Conselho de Administração para gerir o clube. Isso precisaria ser aprovado pela Assembléia Geral, isto é, todos os sócios porque seria uma alteração significativa no estatuto.
Esse modelo já existe em clubes como São Paulo, Santos e Flamengo. Na prática, as principais decisões são submetidas ao conselho que tem de aprovar orçamentos, destinação de dinheiro, etc. Ao mesmo tempo, o conselho dá uma diretriz para a gestão do clube que tem de ser tocada pelos gerentes e diretores de cada área.
Informalmente, Abad já tem dividido decisões importantes de sua gestão com aliados. E contratou recentemente o ex-diretor do COB Marcus Vinicius Freire para ser o CEO do clube. Assim, espera melhorar a administração das finanças, aumentando receitas e controlando despesas. Além disso, quer incrementar a gestão esportiva do Fluminense.
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