Globo mostra preocupação por clubes largarem Brasileiro de lado
Além da CBF, a Globo está preocupada com o abandono do Brasileiro por alguns clubes como Grêmio que optaram por priorizar Copa do Brasil e Libertadores. A emissora já levou a discussão à CBF e atribui a questão ao calendário. O temor é de que a longo prazo isso desvalorize a competição.
A própria confederação está incomodada com a situação como revelou blog do Marcel Rizzo, e pensa em medidas a serem tomadas. A questão é que o principal ponto a ser mexido é o calendário em que a CBF manifesta pouca disposição de atuar por questões políticas.
Até agora, a utilização de reservas por times de frente como Grêmio, Palmeiras e Botafogo não teve impacto perceptível nos índices de audiência do Nacional. A disparada do Corinthians também não causou problemas na atratividade. O técnico gremista Renato Gaúcho chegou a escalar times completamente reservas em quatro jogos.
A preocupação da Globo é que a longo prazo o novo calendário com Libertadores e Copa do Brasil o ano inteiro deixe o Brasileiro em segundo plano para alguns clubes. Assim, a principal competição do país e maior produto da emissora poderiam perder em interesse no futuro.
O Brasileiro é o campeonato que gera o maior volume de recursos para o futebol nacional, com um contrato de TV que vai chegar a R$ 1,1 bilhão por ano a partir de 2019. Na visão da Globo, não faz sentido um clube desistir desta competição do ponto de vista financeiro. Até porque há premiações que vão até R$ 18 milhões para o campeão.
A emissora levou a discussão à CBF para ser analisada sob o ponto de vista do calendário de 2018. O documento está à espera de definições da Conmebol para ter formato final, e deve sair em setembro. Não há participação direta da Globo na elaboração do documento, mas a empresa é ouvida como parte do sistema.
Uma das questões é que o Brasileiro fica espremido em um período do ano curto por conta dos Estaduais. Assim, há menor espaço para os times pouparem jogadores com partidas em curto tempo, na sequência da Copa do Brasil e da Libertadores. Um maior espaçamento do Nacional do ano, com mais jogos aos finais de semana e durante tempo maior, aliviaria o problema.
A questão é que a CBF precisaria realocar os Estaduais e não deixá-los concentrados no início do ano. Isso gera resistências das federações estaduais, cujos clubes menores querem pagar por times por curtos períodos. As federações também não querem reduções de datas de suas competições.
Esse é o primeiro ano do novo calendário com Libertadores e Copa do Brasil no ano inteiro. Então, há uma avaliação de clubes, CBF e Globo de que há um período de adaptação. Além disso, há o caso excepcional de o Corinthians ter disparado. Ainda assim, há um temor de que o Brasileiro perca interesse no futuro.
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