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Rodrigo Mattos

CBF crê que clubes recuperarão interesse no Brasileiro após adaptação

rodrigomattos

04/09/2017 04h00

Preocupada com o Brasileiro ser deixado de lado por times em favor de outras competições, a CBF entende que o problema aos poucos começa a ser superado com uma recuperação do interesse no campeonato. Uma demonstração disso, na visão da confederação, é que houve consultas de cartolas de clubes sobre a premiação do Nacional por posição.

Dirigentes da CBF veem as equipes em adaptação ao novo calendário anual da Libertadores e mudanças na Copa do Brasil, que terminará mais cedo neste ano. Por isso, os cartolas da entidade entendem que os clubes ainda procuram a melhor estratégia para lidar com a distribuição de jogos.

Na visão da diretoria da CBF, ficou claro o equívoco da estratégia do Grêmio ao preterir o Brasileiro em favor da Copa do Brasil. A eliminação do time da competição mata-mata tirou a chance do título ao mesmo tempo que o descaso momentâneo com o Nacional o deixou longe do Corinthians – embora tenha reduzido a vantagem no final de semana.

O aperto no calendário nos jogos do Brasileiro é a principal justificativa para o Grêmio ter poupado atletas, já que o desgaste costuma levar a contusões. Porém, a CBF não vai mexer no tempo limitado em que o campeonato é realizado, isto é, a competição não será alongada.

Haverá ajustes por conta da Copa-2018. Os Estaduais vão começar mais cedo, o que levará o Brasileiro a provavelmente ser iniciado antes de maio como foi em 2017. Mas o campeonato ficará apertado entre o período antes da Copa, e depois do Mundial. De novo, a CBF entende que as adaptações dos times ao calendário atualizado amenizarão um possível descaso com o Brasileiro.

Em relação à premiação, o dinheiro do campeonato é originado do contrato da TV Globo por direitos de televisão. É proporcional à posição do time. Em 2017, serão R$ 18 milhões para o campeão, com decréscimo até a última posição. Subirá pouco em 2018. Já no caso da Copa do Brasil o prêmio é de R$ 6 milhões esse ano, e subirá para R$ 50 milhões no próximo ano. Mas só o campeão e o vice de fato lucram muito mais do que os demais.

Sobre o Autor

Nascido no Rio de Janeiro, em 1977, Rodrigo Mattos estudou jornalismo na UFRJ e Iniciou a carreira na sucursal carioca de “O Estado de S. Paulo” em 1999, já como repórter de Esporte. De lá, foi em 2001 para o diário Lance!, onde atuou como repórter e editor da coluna De Prima. Mudou-se para São Paulo para trabalhar na Folha de S. Paulo, de 2005 a 2012, ano em que se transferiu para o UOL. Juntamente com equipe da Folha, ganhou o Grande Prêmio Esso de Jornalismo 2012 e o Prêmio Embratel de Reportagem Esportiva 2012. Cobriu quatro Copas do Mundo e duas Olimpíadas.

Sobre o Blog

O objetivo desse blog é buscar informações exclusivas sobre clubes de futebol, Copa do Mundo e Olimpíada. Assim, pretende-se traçar um painel para além da história oficial de como é dirigido o esporte no Brasil e no mundo. Também se procurará trazer a esse espaço um olhar peculiar sobre personagens esportivas nacionais.