Como Renato, Rueda erra ao deixar jogo do Brasileiro em segundo plano
Com um time misto, o Flamengo perdeu o clássico para o Botafogo no Brasileiro, desperdiçou a chance de entrar no G4 e viu rivais na vaga pela Libertadores se aproximarem. O técnico Reinaldo Rueda diz que não era para priorizar a Copa Sul-Americana, mas a escalação não deixa dúvida que o Nacional ficou em segundo plano em sua estratégia.
O plano de Rueda encontra similaridade com o do técnico do Grêmio, Renato Gaúcho, que priorizou Copas em detrimento ao Nacional. Afinal, jogadores como Rômulo, Geuvânio e Matheus Sávio vinham sendo pouco usados. E outros estavam na reserva, como Rafael Vaz e Trauco, por queda de rendimento. Entraram os titulares que não atuaram na final diante do Cruzeiro ou estiveram em campo por menos tempo.
Uma estratégia diferente de Mano Menezes e Jair Ventura, em Cruzeiro e Botafogo, que escalaram times com mais força apesar da proximidade de jogos decisivos. O time mineiro jogou a final na quinta-feira, e o carioca terá as quartas da Libertadores no meio de semana. Ambos se aproximaram do Flamengo na briga pela Libertadores. "A gente não pode deixar um campeonato desse em segundo plano", explicou Mano.
Entende-se que um treinador poupe atletas no Brasileiro por fases agudas de Copas, como finais. Não no caso de um primeiro jogo de oitavas de final da Sul-Americana. A não ser que um jogador esteja muito desgastado, mas aí seria um ou outro titular.
Apesar de negar prioridade às Copas, Rueda afirmou que rodou seu time para incrementar o rendimento nos mata-matas. "A ideia é alternar jogadores para chegar em bom nível na Sul-Americana e na Copa do Brasil. Temos que saber que o jogo contra a Chapecoense é difícil também", analisou.
É certo que Rueda tinha no Atlético Nacional o hábito de rodar jogadores. Só que no time colombiano tinha uma forma de jogar consolidada por bom tempo de trabalho, o que minimizava os efeitos das mexidas. Na equipe carioca, a forma de jogar do colombiano ainda não está implantada de forma madura.
Sim, o Flamengo está fora da briga pelo Brasileiro pela distância do Corinthians, mas briga por uma vaga no G4 que faz toda a diferença para a temporada 2018. Ficar fora deste grupo significa ter de disputar a Libertadores cedo, ou ficar fora dela, danos técnico e financeiro pesados.
Como já observado no caso de Renato, os pontos corridos são uma competição em que dá para planejar e prever onde seu elenco pode chegar de acordo com seu nível. Ao Flamengo, pelo grupo que montou, cobra-se o G4. Obviamente que título não é obrigação, mas ficar entre os quatro é uma meta a ser buscada.
Não faz sentido trocar isso em favor de uma competição que implica em quatro mata-matas com a possibilidade de bola na trave, uma falha de goleiro, erro de árbitro para se chegar a um possível título. Ainda mais se tratando do campeonato de quarto nível entre as principais do cenário brasileiro, atrás da Libertadores, do Brasileiro e da Copa do Brasil.
A ver como Rueda escala o Flamengo nas próximas rodadas para mostrar se de fato as Copas terão prioridade ou se foi uma opção pontual. Equivocada, na visão deste blog.
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