Fiasco comercial leva Fifa a reformular Mundial de Clubes
Após reunião do seu Conselho, a Fifa anunciou o início da reformulação do seu Mundial de Clubes que será extinto no formato atual. Há uma explicação: a competição é um fracasso comercial pelos padrões financeiros da federação internacional de futebol.
Os documentos contábeis da Fifa mostram que o Mundial de Clubes-2016 no Japão rendeu Us$ 29 milhões (R$ 95 milhões). Em compensação, as despesas somam US$ 20,7 milhões (R$ 68 milhões). Ou seja, a entidade tem um lucro de pouco mais de US$ 1 milhões por jogo já que são oito partidas.
Pior, em 2015, a competição representou um prejuízo. A receita foi de US$ 20,450 milhões com despesas de US$ 20,8 milhões. Para o ciclo de quatro anos, a estimativa era de que entidade ficasse com Us$ 86 milhões neste quadriênio. Isso não dá nem metade do dinheiro da Libertadores que nem é uma competição bem vendida na atual temporada (claro, ressalte-se que é um torneio anual com muito mais jogos).
Assim, o Mundial de Clubes é a terceira competição em renda da Fifa, e quase empata com a quarta que é a Copa do Mundo Feminina. Pode parecer muito para padrões de competições sul-americanas, mas está bem abaixo com são exploradas estrelas mundiais como Cristiano Ronaldo, Messi ou Robben, que disputaram as últimas edições.
Para se ter ideia, os direitos de televisão do Mundial da América Latina para 2017 não foram vendidos ainda pela Fifa. A TV Globo espera a definição se haverá um brasileiro (o Grêmio) na final para saber se compra. Obviamente, com uma negociação tão em cima, o valor será menor.
O presidente da Fifa, Giani Infantino, deixou claro sua insatisfação com o campeonato ao dizer que um evento organizado pela entidade tinha que ser especial para se justificar. Por isso, sua ideia inicial é propor um campeonato em quatro em quatro anos no lugar da Copa das Confederações. Mas será uma comissão de dirigentes que vai discutir as propostas.
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