Sobra ao Palmeiras a ousadia que falta ao Corinthians
Impossível dizer se a arrancada palmeirense será suficiente para uma virada sobre o Corinthians no Brasileiro. O histórico do campeonato indica ser difícil tirar cinco pontos a nove rodadas do time e o time alviverde ainda não parece regular o suficiente para atropelar. Mas é certo que lhe sobra a ousadia que falta aos corintianos na competição.
Foi o que se viu no empate diante do Cruzeiro. O projeto de time idealizado por Alberto Valetim é de atuar avançado, pressionando o adversário em seu campo, com aproximação dos atacantes em troca de passes, e bola rodando no chão. Bem diferente do jogo de espera que predomina no Brasileiro, ou da transição direta que Cuca gostava e com a qual foi campeão em 2016.
Não é, no entanto, um projeto fácil de ser implantando, ainda que o Palmeiras tenha jogadores talentosos. É só ver os buracos na defesa que permitiram ao Cruzeiro fazer dois gols (um deles contra). A equipe de Mano Menezes é muito mais pronta, com seu estilo de jogo consolidado de defesa bem postada em duas linhas e saída rápida de contra-ataque.
Ainda assim, foi o Palmeiras que se impôs nos 60 minutos iniciais do jogo. Com a aproximação constante dos jogadores, criou quase sempre com a bola pelo chão e a proximidade dos companheiros favorece o jogo de Borja. Não é à toa que ele reviveu com três gols neste jogo, um deles mal anulado na cabeçada (lance discutível com Manuel, mas em que talvez a melhor solução fosse mesmo ignorar o empurra empurra de disputa de espaço).
Em desvantagem, o Palmeiras se desorganizou e trocou a bola de pé em pé por mais lances pelo alto, principalmente quando Deyverson entrou em campo. Foi na vontade e na pressão que empatou. Feitas as contas de quanto lances reais de conclusão teve, a vitória teria sido merecida.
Enfim, a ideia de jogo de Valentim é promissora. Mas talvez não esteja pronta neste ano, nesta reta final. Um time exposto é tudo que o Corinthians gosta e pode aproveitar no clássico decisivo. Não resta outra alternativa ao Palmeiras além de ser ousado, como diferencial ao seu rival em vantagem e que faz da cautela sua virtude.
No mínimo, o alviverde torna o campeonato interessante até domingo e se projeta para 2018. Se der certo, consegue uma virada histórica.
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