Na Libertadores, Chape vive novo cenário e já tem metade do elenco de 2018
Classificada para a pré-Libertadores na última rodada, a Chapecoense tem uma grande diferença para a montagem de seu time para 2018: já garantiu a permanência de cerca de metade do elenco. Uma cenário bem diferente do ano passado quando o clube tinha um time do zero após o acidente aéreo que matou a maior parte de seus jogadores. Haverá também um orçamento maior para o próximo ano.
Em dezembro de 2016, caiu o avião com praticamente todo elenco da Chapecoense. Clubes brasileiros se mobilizaram para ajudar com um empréstimos de jogadores e até ofereceram isenção de rebaixamento. O time catarinense recusou o privilégio na tabela, mas aceitou os jogadores.
Passado um ano, a Chape superou a meta de apenas se livrar do rebaixamento à Série B e conquistou uma vaga na pré-Libertadores. Agora, se prepara para montar um novo time com as próprias pernas.
"Foi aprimorado o orçamento. Estamos na Libertadores e isso dá uma maior performance. O presidente já informou que podemos contar com um orçamento melhor embora eu não possa falar em números", contou o executivo Rui Costa. "Nós tínhamos jogadores emprestados que podíamos comprar e outros que sabíamos que as opções de compra eram inviáveis pelos valores."
Um exemplo é o lateral-esquerdo Reinaldo, do São Paulo, que a diretoria da Chapecoense já tinha percebido que não poderia contar apesar de ter conversado sobre isso com o clube paulista. Sua volta ao São Paulo já é certa. Mas outros ficarão.
"Já fechamos a permanência de 45% a 48% do elenco (em torno de 15 jogadores). Nosso objetivo é manter 70% do elenco", contou Costa. A ideia é manter o perfil de jogadores que proporcionem uma defesa forte com pegada, saída rápida de contra-ataque e jogo aéreo eficiente. Foi isso que manteve o estilo de jogo apesar das trocas de técnicos.
Embora não fale abertamente, a diretoria da Chape já espera que a partir de agora terá de encarar condições normais de mercado, sem empréstimos com pagamento de salário de clubes como no ano passado. Considera que isso é normal diante da evolução do time que se tornou um concorrente.
O presidente da Chapecoense, Plínio David Nês Filho, o Maninho, contou que, de fato, não era meta inicial a vaga na Libertadores. O clube queria ficar apenas na primeira parte da tabela, e fugir da Série B. No final do campeonato que vislumbrou que havia brecha para obter uma vaga na competição.
"Com relação ao que aconteceu, sim, houve um projeto que foi acompanhado por estatística. Sabíamos que podíamos atingir a primeira parte da tabela e queríamos fazer 51 pontos. A partir das seis rodadas finais, vendo o desempenho dos outros time e do nosso, vimos a possibilidade da Libertadores", contou o dirigente da Chape.
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