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Rodrigo Mattos

Acordo de Corinthians definitivo por arena depende de negociação com Caixa

rodrigomattos

21/12/2017 09h20

O acordo entre o Corinthians e a Caixa Econômica Federal para a dívida da arena ainda é provisório e depende de um ace21rto definitivo entre as partes a ser negociados nos próximos meses. Por enquanto, o clube está pagando com base nos termos deste acordo temporário.

O clube alvinegro tinha deixado de pagar parcelas do empréstimo do BNDES intermediado pela Caixa em março de 2016. Isso ocorreu porque os valores, em torno de R$ 5 milhões, ficaram pesados já que a arena não tem os rendimentos projetados no seu contrato. Assim, houve uma renegociação e o Corinthians voltou a pagar em outubro de 2017.

"Estamos pagando um valor que nem é só dos juros, nem é o valor inteiro. Está no meio", contou o presidente do Corinthians, Roberto de Andrade. Segundo ele, isso vale até um período entre março e abril de 2018. Assim, há três ou quatro meses para negociar os temos definitivos de um acordo com a Caixa.

Quem atuará para fechar as novas condições será o futuro presidente do Corinthians que substituirá Andrade (a eleição será em 3 de fevereiro). Os termos propostos eram de uma parcela mais baixa nos anos iniciais, e um aumento nos anos finais, sem aumento do tempo de contrato.

Um dos empecilhos é a questão da garantia de pagamento. Em reunião no CORI (Conselho de Orientação), o clube já tinha decidido rechaçar dar rendas do sócio-torcedor como garantia. "A garantia é o próprio negócio da arena", afirmou Andrade.

A renda do estádio, por enquanto, não tem sido suficiente para cobrir as despesas nos termos iniciais do contrato. Nas condições provisórias, o clube quitou os últimos meses. E uma parte das garantias do contrato também são da Odebrecht, no valor de R$ 50 milhões. Outra parte é o Parque São Jorge, dado pelo clube. Se a empreiteira saísse, teria de ser substituída a sua parte.

Encontrar uma solução para a readequação da dívida da arena, portanto, é um dos maiores desafios do próximo presidente corintianos. O débito com o BNDES foi por um empréstimo de R$ 400 milhões acrescido de juros. Fora isso, há dívidas com a empreiteira que elevam o valor entre R$ 1,3 bilhão e R$ 1,4 bilhão.

Fora as contas da arena, o Corinthians entende ter uma situação em que fechará 2017 em superávit depois de um cenário apertado até o meio do ano. O clube terá de superávit mais do que os R$ 500 mil projetados por conta da venda de Arana, aliada à renovação com a Nike. As luvas foram de R$ 25 milhões.

"Não renovamos com a Nike por causa das contas. Podia ter tido prejuízo se fosse o caso. Renovamos porque era bom para o clube e para a Nike", afirmou Andrade. Sua intenção é manter a folha salarial para 2018 no patamar de 2017, como previsto no orçamento.

Sobre o Autor

Nascido no Rio de Janeiro, em 1977, Rodrigo Mattos estudou jornalismo na UFRJ e Iniciou a carreira na sucursal carioca de “O Estado de S. Paulo” em 1999, já como repórter de Esporte. De lá, foi em 2001 para o diário Lance!, onde atuou como repórter e editor da coluna De Prima. Mudou-se para São Paulo para trabalhar na Folha de S. Paulo, de 2005 a 2012, ano em que se transferiu para o UOL. Juntamente com equipe da Folha, ganhou o Grande Prêmio Esso de Jornalismo 2012 e o Prêmio Embratel de Reportagem Esportiva 2012. Cobriu quatro Copas do Mundo e duas Olimpíadas.

Sobre o Blog

O objetivo desse blog é buscar informações exclusivas sobre clubes de futebol, Copa do Mundo e Olimpíada. Assim, pretende-se traçar um painel para além da história oficial de como é dirigido o esporte no Brasil e no mundo. Também se procurará trazer a esse espaço um olhar peculiar sobre personagens esportivas nacionais.