O que vai pesar no julgamento do Flamengo na Conmebol
Nas próximas duas semanas, a comissão Disciplinar da Conmebol vai decidir se pune o Flamengo pelos incidentes de violência na final da Copa Sul-Americana no Maracanã. Durante a semana no sorteio da Libertadores, o clube conversou com a diretoria da confederação, e apresentou sua defesa.
O blog esteve por lá e ouviu as partes envolvidas no processo e apresenta os argumentos a favor e contra o clube que vão pesar na decisão. A Conmebol informou que sua comissão disciplinar vai dar uma sentença entre oito e 12 de janeiro. A pena pode ir desde uma advertência até a exclusão, praticamente impossível. Em sua defesa, o clube pediu a absolvição ou pena leve.
Gravidade
Dirigentes da Conmebol viram como bastante grave os incidentes no Maracanã. O próprio presidente da entidade, Alejandro Dominguez, ficou sem escolta policial. Houve uma invasão substancial de torcedores no estádio, assim como agressões a argentinos do lado de fora. Os vários episódios de violência antes do jogo, com fogos no hotel do Independente, pesam, assim como o uso de fogos no estádio. Dirigentes da Conmebol classificaram o episódio como uma vergonha.
Responsabilidade
Em sua defesa, o Flamengo usou a argumentação de que tomou todas as providências necessárias para a segurança, avisando os órgãos responsáveis, realizando um plano de emergências. Há o documento em que o clube pede o maior efetivo possível à Polícia Militar. Mas, na prática, a PM afirma ter usado 650 policiais, e um documento aponta apenas 500. Os dois números são bem inferiores a clássicos e jogos grandes que têm mais de mil policiais. Diretores da Conmebol já admitiram que o clube pouco interferia fora.
Imagem da Libertadores
A Conmebol tem uma intenção de melhorar a imagem da Libertadores porque está em um período de venda dos direitos. Assim, há uma decisão política de punir mais duramente casos de violência para que se valorize o espetáculo.
Tribunal brando
O tribunal disciplinar da Conmebol tem um histórico de penas leves diante de casos de violência. Em 2017, a punição mais pesada foi contra o Peñarol, pelos incidentes diante do Palmeiras, na Libertadores. Teve de jogar uma partida com portões fechados. A defesa do Flamengo usou essa jurisprudência do tribunal para mostrar que o clube não deveria ser punido, ou deveria ter uma pena leve.
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