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Rodrigo Mattos

Após acordo, regra da CBF aumenta intervalo entre jogos e afeta convocados

rodrigomattos

29/12/2017 04h00

A CBF incluiu em seu regulamento geral de competições o aumento do intervalo mínimo obrigatório entre jogos, respeitando um acordo no meio de 2017 com a Fenapaf (Sindicato dos Jogadores de Futebol). Pela nova regra, o tempo entre um jogo e outro passou de 60 horas para 66 horas. O novo limite deverá afetar jogadores convocados que retornem da seleção e não poderão jogar por seus times sem o prazo mínimo.

O sindicato dos jogadores promete fiscalizar já que a confederação costumava descumprir até os prazo de 60 horas. Segundo o presidente da Fenapaf, Felipe Leite, a CBF respeitado o acordo no último semestre em 2017, até porque este homologado por lei.

"Tem que respeitar para as partidas no Brasil. A CBF não tem como evitar o jogo fora do país. Mas, se tiver um jogo da Sul-America, não poderá marcar um outro 66 horas depois", explicou Leite, que pretende fiscalizar durante o ano para saber se a entidade vai manter-se dentro do período.

Mais: isso também valerá para jogadores convocados pela seleção brasileira em seus clubes. Então, por exemplo, se um atleta atuar pelo time brasileiro, não poderá jogar em período menor às 66 horas pelo seu time.  "Na prática, não pode", contou Leite. Pelo acordo, clubes estão sujeitos a penalização se usarem o atleta nestas condições.

Em seu regulamento, a CBF manteve o parágrafo que lhe permite exceções às regras do intervalo mínimo. O texto diz que, em casos excepcionais, a Diretoria de Competições poderá permitir partidas em jogos com intervalo menor desde que com autorização médica. Isso era usado de forma disseminada, sem que houvesse exceções.

O prazo considerado ideal por médicos para recuperação de jogadores do desgaste é 72 horas. Mas o sindicato decidiu fechar um acordo por 66 horas por entender que era um ganho, e após consulta a capitães de times.

Sobre o Autor

Nascido no Rio de Janeiro, em 1977, Rodrigo Mattos estudou jornalismo na UFRJ e Iniciou a carreira na sucursal carioca de “O Estado de S. Paulo” em 1999, já como repórter de Esporte. De lá, foi em 2001 para o diário Lance!, onde atuou como repórter e editor da coluna De Prima. Mudou-se para São Paulo para trabalhar na Folha de S. Paulo, de 2005 a 2012, ano em que se transferiu para o UOL. Juntamente com equipe da Folha, ganhou o Grande Prêmio Esso de Jornalismo 2012 e o Prêmio Embratel de Reportagem Esportiva 2012. Cobriu quatro Copas do Mundo e duas Olimpíadas.

Sobre o Blog

O objetivo desse blog é buscar informações exclusivas sobre clubes de futebol, Copa do Mundo e Olimpíada. Assim, pretende-se traçar um painel para além da história oficial de como é dirigido o esporte no Brasil e no mundo. Também se procurará trazer a esse espaço um olhar peculiar sobre personagens esportivas nacionais.