Contratos antigos limitam recursos para Copa América do Brasil-2019

Nesta semana, a Conmebol iniciou os trabalhos de organização e de comercialização da Copa América do Brasil-2019. Foi lançado o comitê organizador e a licitação dos direitos da competição. O problema é que há diversos direitos do campeonato presos a contratos antigos o que limita os recursos justamente para realizar o evento.

Na licitação lançada no início da semana, a Conmebol buscou uma agência para vender a Copa América. No concurso, detalhou que há diversos direitos que não poderão ser comercializados por estarem presos a contratos fechados pela antiga diretoria.

E os preços pagos pelos direitos eram bem mais baixos já que não houve concorrência e os processos não eram transparentes, como mostrou a investigação do Departamento de Justiça dos EUA.

Um exemplo de contrato antigo é o da TV Globo para os direitos de TV Aberta para o Brasil, provavelmente um dos maiores direitos da competição. A Conmebol pretende conversar com a emissora para renegociar valores, mas sabe que tem um documento em vigor e, portanto, no limite terá de cumpri-lo.

Quando houve troca da diretoria da confederação, o contrato com a Globo sequer estava guardado nos arquivos da entidade, tendo sido necessário que a emissora o mostrasse.

Assim, a expansão de sedes e times convidados pode ser afetados. A ideia da Conmebol era fazer uma competição enxuta, mais centrada nos grandes centros do país. No plano inicial, por exemplo, está previsto que tanto a Arena Corinthians quanto o Allianz Parque sejam sedes da Copa América.