Diretoria da CBF liga para pedir apoio a clubes após garantir chapa única
A situação da CBF passou a fazer contato para pedir apoio dos clubes na eleição para presidente após garantir que haveria uma chapa única com Rogério Caboclo à frente. Antes, houve articulação com federações para garantir apoio para bloquear a oposição. A reação dos clubes tem sido uma mistura de surpresa, aceitação e irritação, dependendo do time.
O presidente afastado da CBF Marco Polo Del Nero decidiu apressar a eleição na CBF porque temia perder o controle da entidade caso seja punido em definitivo pela Fifa. O Comitê de Ética da Fifa suspendeu o Nero pelas acusações de corrupção na Justiça dos EUA. Pois bem, a suspensão provisória acaba no dia 15 de março, na próxima semana. Até lá ele teria um julgamento definitivo ou uma prorrogação da pena.
Como Del Nero considerava a punição provável, decidiu abrir mão de esperar e chamou federações para assinarem a chapa de Caboclo. No final da tarde de quinta-feira, já tinha obtido as 20 assinaturas necessárias para vetar oposição. A perspectiva da situação da CBF é ficar com 25 federações, sendo resistentes São Paulo e Rio de Janeiro. Minas Gerais demorou para assinar o apoio, mas referendou a chapa em seguida.
Ainda há articulação para tentar atrair esses Estados, e até perspectiva de tentar compor com Reinaldo Carneiro Bastos, que lançou-se na oposição.
Com a eleição garantida, o diretor-executivo da CBF Rogério Caboclo passou a ligar para os clubes. Ouviu de alguns deles irritação por terem sido alijados do processo. De outros, houve aceitação e promessa de apoio.
Durante o dia, o blog conversou com alguns dirigentes de clubes. A maioria desconhecia a articulação, tendo sido mantida fora do processo. O único que publicamente reclamou foi o presidente do Corinthians, Andrés Sanchez. Mas há outros que ficaram contrariados.
A justificativa da cúpula da CBF para deixar os times de fora da discussão da chapa foi a hierarquia. Entendem que as federações estão acima na confederação. Na realidade, a prioridade de Del Nero e seus aliados era resolver a eleição primeiro.
Por isso, foi feita a articulação em hotel na Barra da Tijuca para juntar assinaturas em um processo que foi chamado pela situação de rolo compressor. Só aí que foram contatos os clubes. Nem precisam dos clubes pelo estatuto já que, juntos, os clubes das Séries A e B somam menos votos do que as federações.
Mas novo presidente Rogério Caboclo sabe que tem que manter um clima mais ameno com os times porque tem cinco anos na prática pela frente de mandato. A eleição será em abril de 2018 e sua gestão só começará em um ano. Mas, como coronel Nunes é o presidente interino, vai continuar mandando na CBF sob as ordens de Del Nero.
Um dos aliados do presidente da CBF afastado classificou sua atitude como desprendimento em relação ao cargo.
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