Proposta por Mundial de Clubes prevê R$ 12 bi para Conmebol e times
A proposta de um grupo de investimento à Fifa para comprar os direitos do Mundial de Clubes e da Liga das Nações prevê US$ 3,5 bilhões (R$ 11,9 bilhões) para a Conmebol por 12 anos. Esse dinheiro certamente teria de ser distribuído com associações nacionais e clubes de futebol que participassem da competição. Europeus ficariam com uma fatia ainda maior.
Durante reunião de cúpula da Fifa, no mês passado, o presidente da Fifa, Gianni Infantino, apresentou a proposta do fundo de US$ 25 bilhões (R$ 80 bilhões) por 12 anos dos direitos do Mundial de Clubes e da Liga das Nações. A informação foi revelada pelo "New York Times".
Infantino não quis dizer durante a reunião quem seria o responsável pela proposta. Mas, posteriormente, o "Financial Times" revelou que o líder do consórcio é o Soft Bank, do Japão, que reuniria investidores da China, Arábia Saudita, EUA e Emirados Árabes.
A proposta envolve todos os direitos de televisão e marketing por quatro campeonatos Mundiais de clubes e quatro Liga das Nações, competições que seriam criadas envolvendo todas as seleções do mundo. Essa foi informação obtida pelo blog já que o acordo até 2032. Há outra informação de que a oferta poderia incluir só três campeonatos.
O novo Mundial de Clubes pensado por Infantino seria realizado de quatro em quatro anos, a partir de 2021, com 24 times, no espaço antes destinado à Copa das Confederações. A "Reuters" informou que seriam quatro vagas e meia para América do Sul, o que incluiria os quatro campeões da Libertadores do quadriênio e mais uma vaga a ser disputada com Oceania. Outras 12 vagas iriam para a Europa.
Pelo que apurou o blog, a promessa é de que seria distribuído US$ 8,5 bilhões do total das receitas para a UEFA e seus times. Outros US$ 3,5 bilhões seriam dados para a Conmebol.
Obviamente, as confederações continentais teriam de decidir para onde iria o dinheiro. Isso representaria quase US$ 300 milhões por ano para serem dividido na confederação sul-americana, quase o valor que a entidade ganhará por toda a Libertadores em 2019. Os clubes campeões certamente teriam um incremento significativo de receita ao disputar o Mundial que hoje dá menos de US$ 10 milhões. Há a informação de que, das receitas do Mundial, 75% iriam para os times.
Todo o negócio seria controlado por uma joint-venture com a Fifa com 51% das ações e o investidor com 49%. Esse dado, além do investidor ser mantido de forma anônima, gerou controvérsia entre dirigentes do Conselho da Fifa que ouviram a proposta de Infatino. Afinal, a Fifa se tornaria sócia de bancos, o que poderia gerar consequência inimagináveis.
Outra questão é que os clubes europeus já ofereceram resistência ao novo formato do Mundial de Clubes proposto por Infantino. Uma carta da associação de times europeus, também revelada pelo "New York Times", questionou o plano do presidente da Fifa, assim como outra manifestação da Premier League.
Portanto, não será de fácil implantação a ideia de Infatino, embora a proposta oferecida, se oficializada, seja um trunfo ao seu favor. Ainda não há data para o presidente da Fifa apresentar novamente a oferta ao Conselho da Fifa para que seja votada, mas é certo que o assunto voltará a pauta.
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