Desempenho saudita é argumento contra aumento da Copa
Em reuniões anteriores à Copa-2018, cartolas da Fifa enchiam a boca para dizer como o aumento da Copa para 48 times não afetaria o nível técnico porque há muitos times bons fora. Pois o jogo de abertura entre Rússia e Arábia Saudita apontou na direção oposta. O time saudita se revelou incapaz de dar sequer um chute de fato no gol.
Obviamente, não é inédita a presença de times fracos na Copa. É incomum, no entanto, ver um time tão frágil quanto o saudita a ponto de a Rússia sequer fazer esforço para ganhar o jogo. Conseguiu dois belos gols com Cheryshev, um com drible na área e outro em belo chute.
A Arábia Saudita terminou com apenas três finalizações, nenhuma delas no gol. Por incrível que pareça, a equipe tinha mais posse de bola, em torno de 60%, mas era estéril, muitas vezes na defesa.
Para se ter ideia, a Associação Asiática de Futebol, na qual a Arábia Saudita se classificou nas elimininatórias, passará de quatro para oito vagas na Copa. Ou seja, teríamos quatro times piores do que o saudita se esse sistema já estivesse implantado.
O time russo pode se dar ao luxo até de jogar em ritmo lento, e só atacar incisivamente quando necessitava. Os cinco gols foram resultado de sete conclusões. Lembremos que antes da Copa a Rússia era o time pior ranqueado na competição. É verdade que houve os dois belos gols de Cheryshev.
Feitas as contas, a Fifa vai ter dificuldade para justificar tecnicamente o aumento da Copa para 48 times já aprovado para o Mundial de 2026, marco para EUA, Canadá e México. Imagine quatro times piores do que o saudita na Copa.
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