Libertadores e Brasileiro traçam novos planos para tentarem se globalizar
Em paralelo, a Libertadores e o Brasileiro tentam alavancar sua exibição pelo mundo para tentar mudar o status de torneios regionais e se globalizarem. A Conmebol aumentou o alcance do seu principal torneio continental para esta temporada. Enquanto isso, a CBF refaz o projeto para venda dos direitos internacionais do Brasileiro para o mundo priorizando a expansão da visibilidade.
Com os novos contratos de televisão, a Conmebol estima ter multiplicado por seis o público que poderá ser alcançado na atual Libertadores. Até 2018, o público atingido era em torno de 60 milhões, o que saltaria para cerca de 400 milhões em 2019 em números calculados pela entidade.
Isso representaria quase toda a população do continente que gira em torno de 430 milhões de pessoas. A expansão tem como base o Facebook que passou a ter direitos sobre a competição. Embora sem precisão, a estimativa é de que a rede atinja mais de 200 milhões de pessoas no continente. A isso, se somam tvs como a Globo com larga penetração no maior mercado brasileiro.
O diretor comercial da Conmebol, Juan Emilio Roa, disse que a entidade conseguiu levar a Libertadores para o continente, e agora o desafio é o mundo. "A competição ainda é vista como regional por patrocinadores", contou. A criação de imagens padronizadas dos jogos feitas pela Conmebol, a final única e a última decisão em Madrid foram todos elementos que ajudaram o plano de expansão.
No Brasil, os clubes têm há muito tempo o desejo de explorar mercados fora do país, mas a Globo nunca fez muito esforço para divulgar o campeonato fora quando tinha seus direitos no exterior. Na primeira oportunidade que os times tiveram esses direitos, chamaram a CBF e o processo de concorrência acabou fracassado com uma empresa vencedora, BR Foot, que não cumpriu o contrato.
Agora, há uma nova licitação para ser concluída ainda em fevereiro com a supervisão da Ernest & Young. A intenção é dividir a concorrência em dois pedaços com placas estáticas de um lado e direitos internacionais do outro – há a possibilidade de se fazer proposta por ambos. Na questão dos direitos fora do país, a intenção é divulgar o campeonato.
"Não é o dinheiro para os direitos que deveria ser prioridade. O ideal é ser conhecido fora para conseguir mais dinheiro no próximo contrato. Por isso, temos que olhar o plano de divulgação", contou Alexandre Rangel, da Ernest & Young.
Por isso, ele pretende fazer um trabalho que considere valor e técnica, isto é, capacidade da empresa concorrente de executar o plano. Até porque este direito tem uma limitação que é a exploração pela Globo dos direitos no exterior em língua portuguesa. "A licitação é exceto em língua portuguesa", explicou Rangel.
Os direitos da Globo de transmitir jogos no exterior geraram discórdia na disputa entre a CBF e a BR Foot que deve acabar nos tribunais. Por conta dessa briga, a Ernest focará na busca por garantias financeiras para os pagamentos do que for acordado em contrato.
No final das contas, a decisão sobre como será a comercialização do Brasileiro no exterior será dos clubes já que são eles os detentores de direitos. Quem levar essas propriedades poderá revendê-las em outros países como é feito com outros campeonatos. Atualmente, campeonatos europeus, nacionais ou continentais, faturam valores significativos fora do território dos times.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.