Clubes brasileiros lucram R$ 1,2 bi com transferências ao exterior em 2018
Os clubes brasileiros tiveram um lucro de US$ 327,2 milhões (R$ 1,2 bilhão) com transferências internacionais na temporada 2018, segundo relatório da Fifa. Esse número é a diferença entre o investimento feito pelos times nacionais em atletas vindos de fora e as negociações dos que saíram. Trata-se de um recorde do mercado nacional.
A alta lucratividade pode ser explicada por dois fatores ligados à valorização do câmbio: 1) os clubes brasileiros gastaram pouco com atletas do exterior preferindo o mercado nacional 2) vale mais a pena negociar jogadores quando a moeda americana é favorável.
No total, o Brasil arrecadou US$ 382 milhões (R$ 1,4 bilhão) com as transferências para o exterior. Entre as maiores negociações do ano passado, estão a venda de Paquetá pelo Flamengo ao Milan (35 milhões de euros) e de Arthur pelo Grêmio ao Barcelona (30 milhões de euros).
Em compensação, os clubes investiram apenas US$ 55 milhões (R$ 201 milhões) em jogadores do exterior. Tanto o primeiro número de vendas vem crescendo quanto o segundo de chegadas tem caído nos últimos anos. Ou seja, cada vez mais é um mercado exportador.
De 2016 para cá, o valor das negociações de jogadores para o exterior cresceu cerca de US$ 120 milhões. Enquanto isso, o montante gasto pelos clubes brasileiros no exterior caiu US$ 35 milhões, de 2017 para 2018. Em 2016, ficou em um valor intermediário entre os dois.
Não é que faltou dinheiro para os times nacional como se demostra o aquecimento do mercado nacional. Com os movimentos de dezembro e janeiro, os clubes já gastaram mais de R$ 200 milhões na janela de transferências de final do ano, sendo que só o Flamengo foi responsável por R$ 108 milhões.
Ou seja, pela primeira vez em anos, é bem provável que os números fechados de 2018 mostrem que as agremiações nacionais gastaram mais em contratações dentro do país do que fora. Para se ter ideia como o Brasil se tornou menos relevante como investidor em atletas de foram, ocupou apenas a 18ª posição na lista dos países que mais gastaram com contratações. À frente do Brasil, ficaram Argentina e México, além de potências financeiras como Arábia Saudita e China.
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