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Rodrigo Mattos

Conmebol quer cotas para times iguais à Europa no Mundial de Clubes

rodrigomattos

17/03/2019 04h00

A Fifa anunciou o novo Mundial de Clubes com 24 clubes mesmo com uma carta divulgada dos grandes clubes europeus de que não disputarão a competição. A insistência do presidente da Fifa, Gianni Infantino, é porque acredita que, no final, a Europa vai ceder nesta questão quando aparecerem as cifras do torneio. Do lado da Conmebol, a intenção é que as cotas para times sejam iguais de acordo com as posições no campeonato.

A principal aposta de Infantino é com o dinheiro que o Mundial de clubes vai gerar. A principal proposta de um grupo liderado pelo Soft Bank falava em US$ 25 bilhões pelo Mundial e pela Liga das Nações. Foi deixada de lado porque pressupunha poder total sobre a competição o que gerou desconforto em vários dirigentes.

Mas fato é que isso mostrou o potencial econômico do Mundial de Clubes com um grupo grande de gigantes europeus. Por isso, Infantino aposta que, quando tiver o dinheiro na mesa com uma proposta concreta de cotas para os clubes europeus, eles vão reavaliar suas posições atuais.

Houve uma redução do número de times europeus. Inicialmente, pensava-se em 12 clubes, e a tendência é que esse número fique em oito pelo plano traçado na reunião. Já a Conmebol conseguiu inchar a participação de seus times de cinco para seis ao ter uma demanda atendida no Conselho da Fifa.

Entre os sul-americanos, há uma expectativa de que as cotas sejam iguais às dos europeus. Uma divisão que levasse em conta também fatores de mercado, como ocorre na Liga dos Campeões, favoreceria os europeus já que eles têm as televisões mais fortes, além de marcas com penetração no mundo inteiro.

O entendimento de dirigentes da Conmebol é que as cotas devem levar em conta apenas premiações por classificações e posição final. É assim que funciona na Libertadores, apesar de reclamações de clubes brasileiros que reivindicam uma fatia por critérios de mercado.

Ainda não estão definidos os critérios para os seis times sul-americanos que disputarão o novo Mundial que começa a partir de 2021. Uma hipótese estudada é de usar os campeões das quatro últimas Libertadores e um torneio com campeões da Sul-Americana, segundo o Globo.com. Mas o blog apurou que isso ainda está fechado e haverá novas reuniões para tomar decisões sobre o assunto.

Sobre o Autor

Nascido no Rio de Janeiro, em 1977, Rodrigo Mattos estudou jornalismo na UFRJ e Iniciou a carreira na sucursal carioca de “O Estado de S. Paulo” em 1999, já como repórter de Esporte. De lá, foi em 2001 para o diário Lance!, onde atuou como repórter e editor da coluna De Prima. Mudou-se para São Paulo para trabalhar na Folha de S. Paulo, de 2005 a 2012, ano em que se transferiu para o UOL. Juntamente com equipe da Folha, ganhou o Grande Prêmio Esso de Jornalismo 2012 e o Prêmio Embratel de Reportagem Esportiva 2012. Cobriu quatro Copas do Mundo e duas Olimpíadas.

Sobre o Blog

O objetivo desse blog é buscar informações exclusivas sobre clubes de futebol, Copa do Mundo e Olimpíada. Assim, pretende-se traçar um painel para além da história oficial de como é dirigido o esporte no Brasil e no mundo. Também se procurará trazer a esse espaço um olhar peculiar sobre personagens esportivas nacionais.