Fla fecha contas de 2018 e soma R$ 240 mi gastos em jogadores em dois anos
O Flamengo investiu R$ 120 milhões em jogadores no ano passado puxado pelas contratações de Vitinho e Piris da Motta, segundo o balanço financeiro do ano passado. Esse valor é similar ao que foi gasto até agora na temporada de 2019, isto é, o clube usou R$ 240 milhões em contratações em dois anos. Com isso, a trajetória de queda da dívida foi interrompida: o débito líquido ficou estável no ano passado – não se sabe como fechará neste ano.
O forte investimento rubro-negro foi possível graças às vendas de Vinicius Jr (em 2017) e Lucas Paquetá (em 2018). Com as duas transferências, entrou mais dinheiro no Flamengo do que saiu com negociações de atletas. No total, brutos, foram € 80 milhões, sendo que uma parte foi para investidores.
A diretoria rubro-negra optou por aumentar o dinheiro no time depois de abaixar a dívida por cinco anos. Só com a contratação de Vitinho foram R$ 53,9 milhões. O paraguaio Piris da Motta gerou um gasto de R$ 25,9 milhões, tornando-se uma das maiores contratações do clube. Houve ainda dinheiro pago por Henrique Dourado, que já saiu, e por Marcelo Cirino, em pendência que havia com o Doyen. Em 2019, os maiores valores foram destinados a De Arrascaeta, Bruno Henrique e Rodrigo Caio.
Boa parte dos valores investidos no ano passado está sendo pago durante o ano de 2019. Havia o registro de parcelas a serem quitadas de R$ 65 milhões por aquisições de direitos e comissões. Em compensação, houve redução do endividamento bancário, embora no início de 2019, o clube tenha feito novos empréstimos.
A dívida líquida rubro-negra subiu no ano passado, mas há uma explicação na mudança na regra de contabilidade. As luvas pagas pela Globo passaram a ser registradas no passivo com um impacto de R$ 112 milhões.
Com isso, houve um crescimento da dívida líquida rubro-negra de R$ 134 milhões: saltou de R$ 335 milhões para R$ 470 milhões. Na prática, esses débitos das luvas não contam pois o dinheiro foi recebido e não serão descontado. Haveria portanto um aumento em torno de R$ 22 milhões na dívida líquida, que ficou em torno de R$ 360 milhões. Esse crescimento está dentro da margem da inflação.
O clube fechou com superávit de R$ 45, 9 milhões, cerca de um terço do ano anterior. O que mostra que o Flamengo gastou menos do que arrecadou em 2018, mas reduziu sua sobra por ter investido na aquisição de direitos de jogadores, isto é, no time.
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