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Rodrigo Mattos

Protestando por Maracanã, Vasco raras vezes opta por jogar no estádio

rodrigomattos

07/04/2019 04h00

A diretoria do Vasco ficou contrariada com o anúncio do governo do Estado de que o Maracanã seria gerido pela dupla Fla-Flu. Iniciou uma campanha dizendo que o estádio era de todos e ameaça questionar a cessão. Mas o clube da Colina praticamente não opta por jogar no Maracanã com exceção de clássicos e Estadual.

Levantamento do blog mostra que o Vasco escolheu jogar como mandante no Maracanã apenas uma vez em 2018 consideradas as principais competições, Brasileiro, Copa do Brasil e Libertadores. Ocorreu na partida diante do Santos, em novembro.

No total, foram 19 partidas como mandante pelo Brasileiro, uma na Copa do Brasil e outras cinco na Libertadores. A maioria dos jogos foi no estádio vascaíno, São Januário. A agremiação preferiu atuar mais como mandante até no Mané Garrincha do que no Maracanã, consideradas as principais competições. O time vascaíno apareceu mais como visitante de rivais no estádio mais tradicional.

No Estadual, sim, o Vasco joga constantemente no Maracanã, os clássicos e partidas semifinais. A Ferj (Federação de Futebol do Rio de Janeiro) prefere que os clubes atuem no estádio, embora seja possível para eles escolherem a própria casa, como São Januário. O clube atuou diante do Bangu no Maracanã, além dos clássicos.

Em suas negociações com Flamengo e Fluminense, que não deram certo, o Vasco não queria se comprometer com um número alto de partidas no Maracanã. Falou em um número de cinco a dez jogos. Além disso, o clube queria que o governo do Estado bancasse parte das despesas de manutenção, o que não estava previsto nas regras da permissão.

Em compensação, a dupla Fla-Flu tem o Maracanã como casa, mandando quase todos os seus jogos no estádio seja no Estadual, seja nas principais competições nacionais. Ambos tinham contratos com a Odebrecht de longo prazo.

 

Sobre o Autor

Nascido no Rio de Janeiro, em 1977, Rodrigo Mattos estudou jornalismo na UFRJ e Iniciou a carreira na sucursal carioca de “O Estado de S. Paulo” em 1999, já como repórter de Esporte. De lá, foi em 2001 para o diário Lance!, onde atuou como repórter e editor da coluna De Prima. Mudou-se para São Paulo para trabalhar na Folha de S. Paulo, de 2005 a 2012, ano em que se transferiu para o UOL. Juntamente com equipe da Folha, ganhou o Grande Prêmio Esso de Jornalismo 2012 e o Prêmio Embratel de Reportagem Esportiva 2012. Cobriu quatro Copas do Mundo e duas Olimpíadas.

Sobre o Blog

O objetivo desse blog é buscar informações exclusivas sobre clubes de futebol, Copa do Mundo e Olimpíada. Assim, pretende-se traçar um painel para além da história oficial de como é dirigido o esporte no Brasil e no mundo. Também se procurará trazer a esse espaço um olhar peculiar sobre personagens esportivas nacionais.