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Rodrigo Mattos

Final da Libertadores em Madrid rendeu R$ 38 mi, mas operação reduziu lucro

rodrigomattos

11/04/2019 04h00

A final da Libertadores em Madri entre Boca Juniors e River Plate rendeu US$ 10,1 milhões (R$ 38 milhões) de venda de ingressos. A maior parte, no entanto, teve de ser usado na operação do próprio jogo pelos altos custos. A Conmebol entende que a partida não serve como parâmetro para a primeira final única que será realizada em Santiago neste ano.

O balanço da Conmebol mostra que a receita total do jogo foi de US$ 10,1 milhões. Para se ter ideia, esse valor é o triplo da maior renda da história da final, no jogo do Atlético-MG e Olimpia, em 2013, que foi de R$ 12 milhões. Mas as despesas do jogo na Europa chegaram a US$ 9,2 milhões (R$ 35 milhões). Assim, o lucro que ficou com a Conmebol foi de US$ 880 mil, houve repasses aos dois clubes.

Entre os custos descritos pela Conmebol, estão despesas de operações do governo espanhol, hospedagem, seguros, assessores fiscais, segurança e impostos. Vários desses gastos foram muito maiores por serem em um país europeu.

Por isso, a Conmebol não vê a final de Madrid como parâmetro para a decisão única no Chile. "Não dá para comparar com a final única. Tivemos também uma capacidade menor do que era o total do Bernabeu", contou o diretor de competições da Libertadores, Frederico Nantes. O estádio do Real Madrid pode recebe próximo de 80 mil pessoas, mas foi restrito a cerca de 70 mil para este jogo.

Para a partida em Santiago, a Conmebol ainda não sabe qual será a capacidade máxima, pois ainda negocia a operação com o Chile. O estádio costuma receber no máximo cerca de 50 mil pessoas. Certo é que a entidade já decidiu que dará 25% dos ingressos para cada um dos clubes vender. O restante será negociado pela própria entidade ou distribuído para patrocinadores. Há significativa carga para parceiros em jogos desse patamar.

Nantes ressaltou que, além da bilheteria, a final única vai proporcionar outros tipos de renda para a Conmebol com a promoção da partida. Por isso, não há ainda uma estimativa de arrecadação. Os clubes receberão uma cota fixa.

Sobre o Autor

Nascido no Rio de Janeiro, em 1977, Rodrigo Mattos estudou jornalismo na UFRJ e Iniciou a carreira na sucursal carioca de “O Estado de S. Paulo” em 1999, já como repórter de Esporte. De lá, foi em 2001 para o diário Lance!, onde atuou como repórter e editor da coluna De Prima. Mudou-se para São Paulo para trabalhar na Folha de S. Paulo, de 2005 a 2012, ano em que se transferiu para o UOL. Juntamente com equipe da Folha, ganhou o Grande Prêmio Esso de Jornalismo 2012 e o Prêmio Embratel de Reportagem Esportiva 2012. Cobriu quatro Copas do Mundo e duas Olimpíadas.

Sobre o Blog

O objetivo desse blog é buscar informações exclusivas sobre clubes de futebol, Copa do Mundo e Olimpíada. Assim, pretende-se traçar um painel para além da história oficial de como é dirigido o esporte no Brasil e no mundo. Também se procurará trazer a esse espaço um olhar peculiar sobre personagens esportivas nacionais.