Conmebol irrita-se com carta de acusação da Argentina, mas segue calada
A diretoria da Conmebol ficou bastante irritada com a carta da AFA (Associação de Futebol Argentina) em que faz acusações de arbitragem parcial na Copa América e na Libertadores contra argentinos. Não haverá uma resposta por enquanto com o objetivo de não tirar o foco da final da competição. Mas a carta argentina provoca estremecimento na relação.
Nesta quarta-feira, a AFA decidiu soltar a carta de ataque à Conmebol por supostos erros de arbitragem no jogo entre Brasil x Argentina, na semifinal da Copa América. Há a alegação de que houve dois pênaltis não marcados para a Argentina, em Aguero e Otamendi. Em entrevista após o jogo, Messi disse que o Brasil "controla tudo" na confederação sul-americana.
O presidente da AFA, Claudio Tapia, é 2o vice-presidente da Conmebol e há forte presença argentina na cúpula da entidade. Antes da carta, a confederação sul-americana esperava uma discussão interna sobre o assunto para entender a insatisfação argentina.
Mas a AFA decidiu voltar suas baterias publicamente contra o presidente Alejandro Dominguez e o chefe da comissão de arbitragem Wilson Seneme. Brasileiro, Seneme foi acusado de "manejos irregulares" nas escalações de árbitros. Houve ainda críticas à organização e logística da Copa América.
A cúpula da Conmebol viu as críticas como injustas. Há a lembrança de que a AFA não reclamou formalmente da organização da Copa América em nenhum momento, assim como outras federações nacionais. Houve, no entanto, diversos protestos contra qualidade de gramado e hotéis, entre outros itens. Por enquanto, não é cogitada a saída de Wilson Seneme, cujo trabalho é bem avaliado na Conmebol até o momento.
Oficialmente, o diretor de competições da Conmebol, Hugo Figueredo, disse que a reclamação da AFA será tratada pela presidência da Conmebol. E defendeu o uso do VAR na Copa América como positivo:
"Primeira, o VAR é uma ferramenta que está a disposição do árbitro para melhorar o seu desempenho Ferramenta em um balanço geral temos mais partes positivas do que críticas", disse Figueredo. "Se discutirmos os critérios, vamos passar mais de 15 minutos."
Entre os organizadores da Copa América, a carta da AFA também foi considerada violenta. A CBF tem adotado a postura de esperar o caso esfriar para manter a relação institucional com os argentinos.
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